segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os 3 melhores do mundo


Foram revelados hoje os três finalistas da Bola de Ouro da FIFA para 2015. O argentino Lionel Messi, o brasileiro Neymar e o português Cristiano Ronaldo estão na final para saber quem foi o melhor do mundo no último ano. Messi busca o quinto título e virar o recordista ultrapassando o francês Michel Platini, Neymar quer o primeiro prêmio e trazer o título de volta ao Brasil depois de oito anos, já Cristiano Ronaldo quer ganhar pelo terceiro ano seguido, se igualar a Messi e Platini. Nisso vou dar minhas impressões sobre a Bola de Ouro jogador por jogador:

-Cristiano Ronaldo (Real Madrid-ESP/Portugal)

Chuteira de Ouro da Europa depois de ser artilheiro do Campeonato Espanhol na temporada 2014/2015, artilheiro da Champions ao lado de Messi e Neymar, Ronaldo assumiu a liderança histórica da artilharia de Real Madrid e da Liga dos Campeões, na atual temporada é o artilheiro novamente da Champions com 7 gols, no total são 16 gols em 18 partidas. Mas apesar do números impressionantes, eles, na minha opinião, maquiam o real futebol do gajo. Ronaldo está longe do que um dia já foi, está cada vez mais robótico e por mim sequer estaria entre os três finalistas. Um exemplo do engano que seus números trazem foi a partida contra o Shakhtar na semana passada pela Champions, Ronaldo teve uma partida horrorosa, inclusive cometeu um dos lances mais bizarros de sua carreira ao cair sozinho enquanto levava a bola, sumiu completamente quando o time ucraniano reagiu, mas mesmo assim ganhou dois gols, o que prova sua capacidade de anotá-los, mas prova também sua dependência de um elenco qualificado para tal.

-Neymar (Barcelona-ESP/Brasil)

Como eu te critiquei, e se duvidar critico, mas merece demais estar entre os três. Foi eleito a pouco o melhor sul-americano da La Liga na temporada 2014/2015, foi um dos artilheiros da Champions marcando em todos os mata-matas, sendo ainda artilheiro da Copa do Rei na temporada passada, atingindo a 5ª posição como maior artilheiro da Seleção Brasileira com apenas 23 anos, passando nomes como Bebeto, Rivaldo, Ronaldinho, Kaká e Jairzinho. São 16 gols em 17 partidas, sendo com 14 o artilheiro da La Liga. Neymar vem jogando muito e nesse momento vem sendo o melhor jogador desse início de temporada, mas ainda não é o momento de vitória, mas ele parece estar mais perto do que longe.

-Lionel Messi (Barcelona-ESP/Argentina)

Decidiu o título espanhol fazendo o gol do título, sendo artilheiro da equipe e vice da competição com 43 gols e ainda dando 18 assistências para ser o líder no quesito da La Liga. Na Copa do Rei foi um dos vice-artilheiros com 5 gols, marcando 2 na final, sendo um deles antológico que é um dos favoritos para ganhar o Prêmio Puskas. Foi um dos artilheiros da Champions com 10 gols, decidiu o confronto mais difícil da competição contra o Bayern de Munique, saiu como líder de assistências nutrindo seus companheiros com 6 delas, e mesmo sem marcar na final, fez a jogada do gol de desempate. Fez dois gols e foi o melhor em campo na Supercopa da UEFA, em uma partida mágica de 5-4 contra o Sevilla. Sem ele, a Argentina virou uma bagunça e nem na zona de classificação da Copa está, com ele foi finalista da Copa América perdendo o título nos pênaltis após seus companheiros perderam chances claras no fim do jogo. Depois de dois anos, parece claro e merecido que a Bola de Ouro volta para "Messias".

-Ficou de fora: Luis Suárez (Barcelona-ESP/Uruguai)

Marcar em todas as fases de mata-mata da Champions, fazer gol na final, ser o artilheiro do Barcelona na atual temporada com 18 gols, ser o raçudo diferencial na bola jogada e ainda decidir Superclássico? Luisito foi quem faltou nessa lista. Apesar dos números absurdos de Cristiano Ronaldo, nada mais do que justo que o trio MSN estivesse 100% representado na decisão, mas parece que a mordida em Chiellini ainda faz efeito.

domingo, 29 de novembro de 2015

Clubes cearenses fora do estado

Guarany de Sobral campeão da Série D em 2010

Acabou a pouco a final da Copa Fares Lopes e pela primeira vez o Guarany de Sobral conquistou o título ao vencer o Guarani de Juazeiro por 2x1. O clube sobralense jogará pela primeira a Copa do Brasil em 2016, sendo o oitava clube cearense a disputar o torneio, uma grande diferença já que até a participação do Icasa em 2006, apenas o trio da capital (Ceará, Ferroviário e Fortaleza) tinham jogado nas dezessete primeiras edições, tendo cinco novos clubes nos últimos dez torneios.

Em homenagem a inédita classificação, hoje vamos falar dos clubes cearenses em torneios fora do estado, seja Nordestão, ou nas divisões do Brasileiro e até mesmo em Libertadores, confere aí.

-Série A do Brasileiro
Apenas os três principais clubes da capital disputaram a elite do Brasileiro. Ceará foi o primeiro a jogar em 1971 sendo o último lugar dentro os 20 clubes. O Fortaleza foi estrear em 1973 ficando em 18º lugar entre 40 times em disputa. O Ferroviário iniciou as disputas em 1979 na 69ª posição entre 94 clubes. A melhor posição fica com o Ceará em 7º lugar em 1985.

-Série B do Brasileiro
Oito clubes cearenses já disputaram a Segundona. Atualmente apenas o Ceará está nela depois de se salvar na bacia das almas contra o Macaé-RJ na tarde de ontem. Nos anos 70, clubes como Tiradentes, Calouros do Ar e Maguari disputaram a Segundona. Ferroviário jogou algumas edições nos anos 80-90, em 2002, o Guarany de Sobral voltou a disputar depois de duas décadas de ausência por conta da desistência do Malutrom-PR, não fez boa campanha e foi rebaixado. O Icasa também disputou algumas edições, com destaque para 2013 quando ficou em 5º lugar a um ponto do acesso. As melhores campanhas vieram com o Fortaleza, vice-campeão em 2002 e 2004.

-Série C do Brasileiro
Em 2014 Fortaleza e Icasa disputaram a Série C. O Leão bateu na trave na hora de subir e o Icasa foi rebaixado com a pior campanha. Até 2012, o Guarany de Sobral também disputou. Na última década Ferroviário, Itapipoca e Limoeiro chegaram a disputar e até sonhar com o acesso, o Ferrão chegou até a última rodada com chances de subir em 2006, já o Limoeiro jogou o quadrangular final em 2004. No fim dos anos 90, o Juazeiro também disputou. A melhor campanha pertence ao Icasa vice-campeão em 2012.

-Série D do Brasileiro
Nascida em 2009, a Quarta Divisão é a única que possui um título por equipe do estado. Na primeira edição o Ferroviário, único clube cearense a jogar as quatro divisões foi o representante. Além dele, Guarani de Juazeiro e Horizonte jogaram sem empolgar. O Tiradentes chegou até a jogar as quartas-de-final pelo acesso, mas caiu para o campeão Botafogo-PB. A melhor campanha fica com o campeão Guarany de Sobral em 2010, o clube ainda disputou em 2013 após cair na C, mas caiu na Primeira Fase.

-Copa do Brasil
Com o título do Guarany de Sobral, a equipe rubro-negro será a oitava do estado a jogar a competição. O primeiro foi o Fortaleza em 1989, até 2006, quando o Icasa estreou, além do Fortaleza, apenas Ceará e Ferroviário haviam participado. De lá pra cá, Horizonte, Guarani de Juazeiro e o Barbalha disputaram. A melhor campanha é do Ceará vice-campeão em 1994.

-Taça Brasil
A Taça Brasil foi o primeiro torneio nacional do Brasil, apenas América, Ceará e Fortaleza disputaram, e todos fizeram bonito. O América foi finalista do zonal nordestino em 1967, perdendo pro Náutico, sendo no geral o 5º colocado. O Ceará foi terceiro lugar em 1965, já a melhor campanha pertence ao Fortaleza que foi vice-campeão em 1960 e 1968.

-Torneio dos Campeões
Sim, você pode dizer que nenhum cearense jogou na Copa dos Campeões disputada entre 2000 e 2002, mas na verdade esse torneio é uma repaginada no Torneio dos Campeões disputado em 1982. O torneio organizado pela CBF contava apenas com os clubes finalistas de campeonatos nacionais e o Fortaleza participou. No Grupo D, o Leão ficou em 3º das 4 equipes e perdeu a classificação pelo número de vitórias. O grupo contava com Internacional-RS, Bahia-BA e Náutico-PE.

-Copa Norte-Nordeste
Entre 1968 e 1970, cinco equipes disputaram a Copa Norte-Nordeste. Calouros do Ar, Ferroviário e Guarany de Sobral. O Calouros chegou inclusive a disputar o quadrangular final nordestino na primeira edição, mas as melhores campanhas ficaram com Ceará em 1969 e com Fortaleza em 1970, conquistando seus títulos.

-Copa do Nordeste
Desde o torneio teste em 1994, com as disputadas entre 1997 e 2003, a tentativa de retorno em 2010 e a consolidação desde 2013, a Copa do Nordeste em suas doze edições só teve cinco clubes cearenses em disputa. O Guarany de Sobral jogou em 1994 e 2014, caindo nas duas edições nas quartas-de-final. Juazeiro jogou apenas a edição de 2000 saindo com apenas um ponto e o Ferroviário que foi em 1997 e 1999 jamais passou de fase. O Fortaleza duas vezes semifinalista, em 2001 e 2013 teve boas campanhas, mas o Ceará vice em 2014 e campeão em 2015 teve melhor sorte no torneio regional.

-Torneios Internacionais
Vice-campeão da Copa do Brasil em 1994, o Ceará jogou a Copa Conmebol de 1995. O alvinegro cearense caiu logo na Primeira Fase para o Corinthians nos pênaltis. Depois de muitos anos, a boa campanha do Vovô o levou novamente a um torneio internacional, dessa vez a Copa Sul-America em 2011. Novamente, o alvinegro caiu na fase inicial, perdendo dessa vez pro São Paulo. Como foi campeão da Copa do Nordeste esse ano, poderiam novamente disputar a Copa Sul-Americana, mas resolveram manter-se na disputa na Copa do Brasil e deram a vaga para o Bahia-BA. Mas é com o Fortaleza o maior drama. Classificado para jogar a Taça Brasil em 1968, o torneio só foi decidido em Outubro de 1969, com o Brasil sem levar nenhum clube por conta do problema das datas, o Botafogo-RJ e Fortaleza poderiam disputar a Libertadores de 1970. Sem avisar ao Leão que já se programava para disputar a competição em Fevereiro de 1970, a CBF novamente não inscreveu sem avisar a nenhum dos dois clubes classificados, justificando que atrapalharia a programação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo daquele ano e a violência dos adversários. Dos 22 convocados para o Mundial, nenhum do Fortaleza, três do Botafogo sendo 2 reservas.

sábado, 28 de novembro de 2015

Copa do Brasil começa a tomar forma


Copa do Brasil ainda não tem datas e já tem a forma definida, dos 86 clubes que irão jogar a competição em 2016, 82 já são conhecidos, outro terá vaga confirmada amanhã e até o próximo domingo (06/12) com o fim da Série A já teremos todos os classificados. A primeira mudança vem com Santa Catarina tomando uma vaga do Paraná via ranking da CBF. 

Amanhã Guarany de Sobral-CE e Guarani de Juazeiro-CE se enfrentam pela final da Copa Fares Lopes. O Guarany joga em casa, no estádio do Junco e quem vencer levará o título, o empate leva a disputa para os pênaltis. O campeão terá a terceira vaga do Ceará. Outros duas Copas estaduais já tiveram campeões, mas ainda falta a escolhe. Na Copa Rio deu Resende e na Copa Paulista deu Linense, mas os dois tem a escolha de jogar ou a Copa do Brasil ou a Série D em 2016, caso não escolhem, Portuguesa do Rio-RJ e Ituano-SP recebem as vagas. 

Assim faltam duas vagas que serão dadas por quem ficar nas primeiras posições do Campeonato Brasileiro e o resultado da Copa do Brasil. Cinco equipes lutam por duas vagas que vão de acordo com qual estadual ou estaduais abrirão vaga. Os times que podem ganhar os lugares são: Botafogo-SP, Red Bull Brasil-SP, Villa Nova-MG ou Ypiranga de Erechim-RS. As dez vagas pelo Ranking da CBF já foram decididas e se classificaram: Atlético Goianiense-GO, Atlético Paranaense-PR, Avaí-SC, Bragantino-SP, Criciúma-SC, Náutico-PE, Portuguesa-SP, Paraná Clube-PR Sport Recife-PE e Vitória-BA. Confira como estão distribuídas por estado as vagas garantidas: 

ACRE - Galvez e Rio Branco
ALAGOAS - ASA, Coruripe e CRB
AMAPÁ - Santos
AMAZONAS - Nacional e Princesa do Solimões
BAHIA - Bahia, Fluminense de Feira, Vitória e Vitória da Conquista
CEARÁ - Ceará e Fortaleza
DISTRITO FEDERAL - Brasília e Gama
ESPÍRITO SANTO - Rio Branco
GOIÁS - Aparecidense, Atlético Goianiense, Goiás e Goianésia
MARANHÃO - Imperatriz e Sampaio Corrêa
MATO GROSSO - Cuiabá, Luverdense e Operário
MATO GROSSO DO SUL - Comercial e Ivinhema
MINAS GERAIS - América Mineiro, Atlético Mineiro, Caldense, Cruzeiro e Tombense
PARÁ - Independente, Parauapebas e Remo
PARAÍBA - Botafogo e Campinense
PARANÁ - Atlético Paranaense, Coritiba, Londrina, Operário Ferroviário e Paraná Clube
PERNAMBUCO - Náutico, Salgueiro, Sport Recife e Santa Cruz
PIAUÍ - Parnahyba e Ríver
RIO DE JANEIRO - Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama
RIO GRANDE DO NORTE - ABC, América de Natal e Globo
RIO GRANDE DO SUL - Brasil de Pelotas, Grêmio, Juventude, Lajeadense e Internacional
RONDÔNIA - Gênus Rondoniense
RORAIMA - Náutico
SANTA CATARINA - Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense, Inter de Lages e Joinville
SÃO PAULO - Bragantino, Corinthians, Ferroviária, Ponte Preta, Portuguesa, São Paulo, Santos e Palmeiras
SERGIPE - Confiança e Estanciano
TOCANTINS - Tocantinópolis

O Brasil fora do Sul-Sudeste

Sport, último clube de fora do "eixo"
a conseguir um título nacional de primeira grandeza

O futebol brasileiro começou a se nacionalizar em 1959 com a Taça Brasil, logo no primeiro ano o Bahia-BA foi campeão e criou uma das maiores falácias do país: "temos futebol nos quatro cantos". Até o fim da Taça Brasil, nenhum nordestino ganharia, Bahia seria vice em 1961 e 1963, o Fortaleza-CE em 1960 e 1968, e o Náutico-PE em 1967, isso apenas porque o torneio era regionalizado. Com a criação do Campeonato Brasileiro em 1971, apenas dois clubes chegaram a decidir o torneio nacional. Apesar do título do Sport em 1987, isso gera muita discussão. Apenas Bahia em 1988 quando foi campeão e o Vitória quando foi vice em 1993 chegaram a decidir a elite do futebol nacional.

Nas divisões de acesso o negócio realmente fica mais nacional. Na Série B nem tanto, apesar de vários acessos de clubes de fora do eixo, títulos são apenas 8 em 35 edições. Sampaio Corrêa-MA em 1972, Tuna Luso-PA em 1985, Sport-PE em 1990, Paysandu-PA em 1991, Goiás-GO em 1998 e 2012, e o Brasiliense-DF em 2004 foram campeões. Na Série C, em 26 edições, por 10 vezes um time de fora do eixo Sul-Sudeste levantaram a taça, incluindo nessa temporada. Atlético-GO em 1990 e 2008, Tuna Luso-PA em 1992, Vila Nova-GO em 1996 e 2015, Sampaio Corrêa-MA em 1997, Brasiliense-DF em 2002, Remo-PA em 2005, ABC-RN em 2012 e Santa Cruz-PE em 2013. O mais equilibrado é na Série D, são 7 edições, 4 títulos e 14 acessos. São Raimundo-PA em 2009, Guarany de Sobra-CE em 2010, Sampaio Corrêa-MA em 2012 e Botafogo-PB em 2013.

Nas Copas nacionais o desempenho não é tão bom. Na Copa do Brasil o Sport chegou em duas finais, em 1989 sendo vice e em 2008 sendo o único campeão de fora do eixo. O Goiás foi vice em 1990, o Ceará em 1994, o Brasiliense em 2002 e o Vitória em 2010. Na Copa dos Campeões, o Sport chegou até a final em 2000 e o Paysandu foi campeão em 2002.

Em torneio sul-americanos, a primeira participação foi o Bahia representante do Brasil na primeira Libertadores em 1960. Com o Cuiabá-MT em 2016, os clubes de fora do Sul-Sudeste chegarão à 41 participações, tendo o vice-campeonato do CSA-AL na Copa Conmebol de 1999 a sua melhor participação. Confira quais clubes foram os participantes por competição:

LIBERTADORES
Bahia-BA: 1960, 1964 e 1988
Náutico-PE: 1968
Sport-PE: 1988 e 2009
Paysandu-PA: 2003
Goiás-GO: 2006

COPA CONMEBOL 
Vitória-BA: 1994 e 1997
Ceará-CE: 1995
Rio Branco-AC: 1997
América-RN: 1998
Sampaio Corrêa-MA: 1998
CSA-AL: 1999 (vice)
São Raimundo-AM: 1999
Vila Nova-GO:1999

COPA SUL-AMERICANA
Goiás-GO: 2003, 2004, 2007, 2009, 2010 (vice), 2013, 2014 e 2015
Vitória-BA: 2009, 2010, 2013 e 2014
Ceará-CE: 2011
Atlético-GO: 2012
Bahia-BA: 2012, 2013, 2014 e 2015
Náutico-PE: 2013
Sport-PE: 2013, 2014 e 2015
Brasilia-DF: 2015
Cuiabá-MT: 2016

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O Fenômeno em cinco momentos


Duas vezes melhor do mundo, Ronaldo vinha nos últimos meses lutando contra o seu próprio corpo, leves contusões vinham atrapalhando sua temporada. Era o dia 12 de Abril de 2000, primeira final da Copa da Itália no Estádio Olímpico de Roma. Ronald, seu primeiro filho havia nascido exatamente uma semana antes, a felicidade tomava o jogador. O brasileira entrava em campo aos 13 minutos do 2º tempo, seis minutos mais tarde recebe uma bola de frente para o marcador português Fernando Couto, avança, corre, dá a primeira e única pedalada antes de cair no chão. O choro é instantâneo, por conta de problemas físicos, o atacante só havia feito oito partidas contando com aquela até então em um pouco menos de nove meses de temporada, na anterior só tinha jogado metade das partidas, levantavam-se muitas suspeitas desde a convulsão na final da Copa de 1998.

Para muitos, a carreira de Ronaldo acabava ali. O choro inspirava toda a dor que o jovem jogador, de até então 23 anos. O Fenômeno que encantou tantos com seus dribles maravilhosos, velocidade e explosão de aterrorizar qualquer zagueiro, acabara ali, sentado em campo, assistido por 35 mil torcedores e milhões de fãs mundo afora. O coração do torcedor brasileiro se partia, em ver seu ídolo cair diante de seu próprio corpo.


Sem jogar a temporada 2000-2001, Ronaldo volta no fim da 2001-2002, jogando as partidas finais e quase levando a Inter ao título do Calcio depois de treze anos. Ainda sim, precisava provar para o mundo que estava de volta depois da final da Copa quatro anos antes. Mesmo com a pressão nacional para a convocação do baixinho Romário, Luis Felipe Scolari banca Ronaldo como o principal centroavante brasileiro, levando Luizão como seu reserva. Foram sete jogos e oito gols, sendo dois na grande decisão. Não tinha a mesma habilidade, mas o faro de gol ainda existia, bem melhor posicionado dentro da área, dribles em velocidade, viraram rápidos e curtos, um estilo de jogo menos físico e mais inteligente, talvez não tão encantador, mas mais competente, foi assim que veio o terceiro prêmio de melhor do mundo, a artilharia e o título da Copa do Mundo. Ronaldo estava de volta e tinha de vez o seu lugar no coração dos brasileiros.


Criticado pelos brasileiros por estar fora de forma na Copa de 2006, chega ao Milan cheio de desconfiança e vários problemas físicos. O palco era conhecido, o estádio San Siro-Giuseppe Meazza. A partida contra o Livorno no dia 13 de Fevereiro de 2008, o atacante agora com 31 anos, rodado e com experiência entra aos 11 minutos do segundo tempo no lugar de Alberto Gilardino. Ronaldo só esteve em campo por um minuto, quando em uma tentativa de saltar para uma cabeceada, ele sentiria o joelho esquerdo. Terminava ali a saga dele no Milan. Sem contrato renovado, com um histórico de contusões, problemas físicos e extra-campo badalados, parecia que dessa vez sim, era o fim para Ronaldo.


 Depois de alguns meses treinando pelo Flamengo, Ronaldo "traiu" o clube do coração e assinou pelo Corinthians. Recém-promovido da Série B, o Timão prometia um grande ano com sua equipe que havia conquistado com facilidade à Segunda Divisão e sido vice-campeã da Copa do Brasil perdendo para o Sport Recife no gol fora de casa na decisão. O Fenômeno estreou de forma discreta contra o Itumbiara no dia 4 de Abril pela Copa do Brasil, mas seria quatro dias depois que a história dele seria novamente refeita. Visivelmente fora de forma, o atacante entrou aos 18 minutos do segundo tempo, o Palmeiras que tinha a melhor campanha vencia o jogo por 1x0, até que aos 47 minutos da etapa final, Douglas cobra escanteio e Ronaldo, de cabeça empata, ele novamente estava de volta, gordo, depois de várias sérias contusões, Ronaldo novamente voltava por cima, a explosão de velocidade e um dos momentos antológicos subindo o alambrado do Estádio Eduardo José Farah em Ribeirão Preto ficam na lembrança de todo admirador do jogador.


Fim de jogo em Ibagué, o Deportes Tolima surpreende a todos, faz 2x0 e elimina o Corinthians na Pré-Libertadores, algo inédito no futebol brasileiro. Antes ídolo e nos braços da torcida, o excesso de contusões e as contantes aparições na vida noturna de São Paulo, juntando com a polêmica foto do cigarro com Roberto Carlos em festa dias antes do jogo decisivo, fez o clima entre o Fenômeno e a Fiel balançarem cada vez mais. Dias depois, no dia 14 de Fevereiro, o Corinthians chama uma coletiva de imprensa em sua sede. Ronaldo aparece, como sempre com Nike praticamente estampada na testa, dessa vez o semblante não era de dor física pelas contusões e nem do sorriso das superações, dessa vez a inesquecível imagem não era em campo, era fora dele. Foi para o hipotireoidismo que ele finalmente perdeu a batalha, aos 34 anos. As lágrimas saíam em uma expressão vazia de quem amava o que fazia, os fãs naquela tarde de Fevereiro assistiam as imagens transmitidas in loco pelas emissoras nacionais, do maior ídolo do esporte que tínhamos desde Ayrton Senna e Romário finalmente acabar de forma melancólica sua tão vitoriosa e impressionante carreira. Hoje, se passam quatro anos do fatídico dia, as memórias que ficam são boas, dos grandes momentos e das diversas voltas por cima, um pouco manchadas por atitudes fora de campo, sejam durante a carreira ou até mesmo depois. Mas, não dá para negar a sua importância para todos os jovens que cresciam nos anos 90 e ouviam os gritos orgásmicos de Galvão Bueno: "RRRROOONALDINHOOOO, ÉÉÉÉÉ, DO BRASIIIIILLLL!!"

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Série B e a briga de foice na última rodada


Na terça-feira começou a última rodada do Campeonato Brasileiro - Série B de 2015. Com os quatro acessos definidos, o campeão decidido, e três dos rebaixados já consumados, apenas uma vaga está para ser decidida. Ceará-CE, Macaé-RJ e Oeste-SP vão lutar minuto a minuto contra a posição que colocará um deles na Série C do ano que vem. Então vamos fazer as contas.

Ceará: O Ceará o único dos três que jamais disputou a Série C do Brasileiro. Com apenas dos rebaixamentos na história, ambos na Série A, em 1993 e 2011. O adversário é justamente o Macaé-RJ. Para o alvinegro basta uma vitória simples para escapar da Terceira Divisão. É possível se salvar com um empate, desde que o Paysandu-PA vença o Oeste-SP em Osasco. Para vencer o rival, o time cearense já vendeu mais de 25 mil ingressos para o jogo no Castelão.

Macaé: Profissional desde 1998, o Macaé-RJ nunca foi rebaixado em sua história. Foram dois acessos no Campeonato Carioca e dois no Brasileiro, o último ano passado quando eliminou justamente o maior rival do seu adversário, no mesmo estádio, no jogo do acesso. O atual campeão da Série C só precisa de um empate para se salvar.

Oeste: O clube paulista também eliminou o maior rival do Ceará no jogo do acesso quando subiu em 2012. Assim como o Macaé saiu como campeão. Jogando em Osasco, o Oeste só precisa de um empate para se salvar. Em Brasileiros, o rubronegro jamais foi rebaixado, já em estaduais foram sete vezes, inclusive ano passado, mas conseguiram o acesso de volta ainda esse ano.

JOGOS


CLASSIFICAÇÃO COMPLETA

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Boleiro Nostalgia: Denílson

Denílson chorando após a derrotana final da Copa do Mundo de 1998 para a França

O ano é 1994, o São Paulo jogava a Copa Conmebol, uma competição secundária que hoje deu lugar a Copa Sul-Americana. Sem muito interesse na competição, o São Paulo colocava um mistão formado por jovens como Juninho Paulista, Catê, Caio Ribeiro e principalmente um meia esquerda muito habilidoso que logo chamava a atenção da mídia com seus dribles desconcertantes e passagens em velocidade pela esquerda, Denílson logo de cara seria um dos destaques do título da competição em cima do Peñarol do Uruguai.

No ano seguinte foi vice-campeão Mundial Sub-20 com a Seleção Brasileira, mas sua história vencedora com a canarinho ainda estava no começo. Se firmou entre os titulares do Sçao Paulo apenas em 1997 durante o Paulistão. Graças a um regulamento estranho, o título não veio, mas suas assistências para Dodô e Aristizábal chamaram a atenção de Zagallo que o chamou para se juntar a estrelada Seleção Brasileira daquele ano, ao lado de Leonardo, Ronaldo, Romário, entre outras lendas, para três torneios que ficariam para sempre no coração dos brasileiros. O Torneio da França, a Copa América e a Copa das Confederações.


Denílson havia estreado em Novembro de 96 contra Camarões, mas foi nessas três competições que mantiveram seu nome na equipe por tanto tempo. Entre Junho e Dezembro, essas competições colocariam Denílson como nome certo na Copa do Mundo de 1998. O meia sairia com muito destaque e ainda desbancaria a dupla Ro-Ro levando o prêmio de melhor jogador da Copa das Confederações. Ganhou o coração são-paulino em 98, foi batendo o Corinthians na decisão do Campeonato Paulista, dando passe para os gols de Raí e França em sua despedida que Denílson saiu por cima do Brasil e iria para o Bétis como a maior transferência da história do futebol até então.


Na Espanha altos e baixos, o excesso de tempo no pequeno Bétis, a falta de trabalho com seu jogo tático e seu tratamento de rei o mimaram, Denílson foi por duas vezes o principal assistente da La Liga (1998-1999 e 2001-2002), teve passagem rápida e sem sucesso pelo Flamengo em 2000, ganhou duas Ramón de Carranza e uma Copa do Rei, saiu depois de sete temporadas como ídolo da equipe, campeão Mundial pela Seleção Brasileira, mas direto para uma decadência já esperada.


Passou um ano no Bordeaux sem sucesso, depois rodou por Al Nassr da Arábia Saudita e FC Dallas dos Estados Unidos sem sucesso até chegar no Palmeiras em 2008. No Verdão, nunca se firmou como titular, mas ficará sempre na lembrança o 2x0 contra o São Paulo tri-campeão no Brasileiro. Analisando hoje sua passagem pelo time do Parque Antártica, foi marcado pela irregularidade e por aparecer mais fora de campo do que dentro dele. Ao sair do Palmeiras, veio uma passagem frustrada pelo Itumbiara de Goiás, e outra relâmpago com o Hai Phong do Vietnã, com um jogo, um gol, uma atuação de gala e o jogador fugindo do país. Em Janeiro de 2010, sua última aventura, o Kavala da Grécia, sendo dispensado no mês seguinte por não emagrecer. Sem atuar Denílson saia do futebol longe do que lhe era esperado.

Títulos: Copa Conmebol: 1994 (São Paulo)
Copa Master da Conmebol: 1996 (São Paulo)
Copa América: 1997 (Brasil)
Copa das Confederações: 1997 (Brasil)
Campeonato Paulista: 1998 (São Paulo) e 2008 (Palmeiras)
Copa do Mundo: 2002 (Brasil)
Copa do Rei: 2004-2005 (Real Bétis)
Melhor Jogador da Copa das Confederações 1997


São Paulo-SP (1994-1998): 96 jogos e 8 gols
Real Bétis-ESP (1998-2000): 67 jogos e 5 gols
Flamengo-RJ (2000): 11 jogos e 3 gols
Real Bétis-ESP (2001-2005): 118 jogos e 8 gols
Bordeaux-FRA (2005-2006): 31 jogos e 3 gols
Al-Nassr-SAU (2006-2007): 15 jogos e 3 gols
FC Dallas-EUA (2007): 8 jogos e 1 gol
Palmeiras-SP (2008): 54 jogos e 7 gols
Itumbiara-GO (2009): 10 jogos e 1 gol
Xi Mang Hai Phong-VIE (2009): 1 jogo e 1 gol
Kavala-GRE (2010): não jogou
Brasil (1996-2003): 63 jogos e 8 gols
Total: 474 jogos e 48 gols


Habilidoso, cruel, era bancado como um dos futuros craques, a carreira vitoriosa e seu pseudo-sucesso na Espanha maquiam o que poderia ter sido, Denílson deu certo, mas não tanto quanto deveria ter dado pelo que foi confiado em seus dribles e avançadas mortais pelas pontas no fim dos anos 90.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A TV mostra o que o torcedor quer ou o que ela dá?


Eu tento acompanhar o máximo não só de futebol, mas de esportes na televisão. Assino um pacote na TV por assinatura que me permite ter dezenove canais com transmissões esportivas, desde os jogos de divisão inferior de São Paulo na Rede Vida, passando pela Série B da Rede TV, futsal cearense com a TV Diário, até a Premier League da ESPN e Fox Sports, a Liga dos Campeões e Nordestão no EI, e o Brasileiro pela SporTV e Globo.

Sou louco por esportes, em especial por futebol, mas não tem tempo ruim, ontem mesmo estava acompanhando o Mundial de Levantamento de Peso em Houston-EUA pela SporTV3 e na sexta-feira estava acompanhando meu Tennessee Titans apanhar pro Jacksonville Jaguars na NFL. Além de acompanhar isso, me dividir entre o fim da faculdade, vida social, trabalho, dentre outros, tento acompanhar os jornais esportivos.

Para quem me conhece a mais tempo sabe que já fui por uns tempos produtor de televisão na TV Cidade, afiliada da Record aqui em Fortaleza. Eu produzia o "Esporte Cidade" que era transmitido de segundas à sextas por meia hora, com os intervalos. Quase todo material transmitido era produzido pela gente, normalmente, apenas 5 ou 10, eram destinados à materiais da "central". Fortaleza é uma grande cidade, em população a quarta maior, sendo a sexta maior região metropolitana do país com quase 4 milhões de habitantes.

Dentro do programa, diariamente tínhamos obviamente notícias de Fortaleza e Ceará, as duas maiores torcidas tem que ter seu espaço. Por sorte tínhamos um repórter em Juazeiro do Norte que diariamente me mandava uma matéria sobre o Icasa e muitas vezes mandava algo sobre o Guarani de Juazeiro, e até mesmo o Barbalha por conta da Segunda Divisão Cearense nós fizemos. Você deve pensar que com tanta gente por aqui é fácil de se achar pauta para esporte, não é? Não, não é! O esporte local é abandonado em quase todas as esferas, fora um ou outro atleta, a maioria vive com problemas financeiros e usam os espaço para tentar adquirir novos patrocinadores para continuar participando de competições, deixam de treinar, assim não evoluem como poderiam para trabalhar, muitas vezes, acaba virando apenas um hobby.

Aqui por exemplo vivemos uma realidade diferente das "centrais" de todo o Brasil que recebem ou podem receber matérias do país inteiro sobre várias realidades, mas insistem em mais do mesmo. Dizem que a TV só mostra o que o povo quer, mas eu vejo na maioria dos programas esportivos um sistema viciado e repetitivo, que aposta no que de forma aparente parece dar certo, mas é livre de um conteúdo. É sempre Flamengo, Corinthians, outros times do Rio-São Paulo, time de fora do eixo em boa fase, atleta sensação, algum evento grande esportivo provavelmente patrocinado pela emissora, atleta/federação/clube em situação difícil, assim se resume 99% dos programas esportivos do país, tem canal que repete tudo isso 3 ou 4 vezes por dia, cansativo e desnecessário.

Então me pergunto se isso é o que o torcedor quer ou o que ela dá? De tantas matérias repetitivas e desnecessárias, seja sobre cortes de cabelo de jogador, ou sobre a irmã do atleta de mini-saia, apresentador jogando videogame, existem pautas mais interessantes, o primeiro passo é sempre ter uma equipe própria competente e preparada para ter qualidade, segundo é a valorização, terceiro é o espaço e ousadia de fazer diferente, quem será o primeiro corajoso?

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Seleção da Série C

Nesse fim de semana foi encerrada à Série C com o Vila Nova-GO batendo o Londrina-PR por 4x1 no Serra Dourada e se sagrando pela segunda vez na história campeão da Terceira Divisão, sendo a primeira em 1996, igualando o rival Atlético-GO campeão em 1990 e 2008. Junto com os finalistas subiram Brasil de Pelotas-RS e Tupi-MG, e Madureira-RJ, Águia de Marabá-PA, Caxias-RS e Icasa-CE acabaram caindo para a Série D.

Com o fim do torneio, podemos eleger os melhores jogadores da competição, onze atletas e um treinador foram escolhidos por mim. Confira:

Goleiro: Eduardo Martini (Brasil de Pelotas-RS)

20 jogos e 18 gols sofridos, se o Brasil pode agradecer alguém pelo acesso, esse é Eduardo Martini. Foram pelo menos quatro defesas milagrosas contra o Fortaleza na Arena Castelão e quando o time gaúcho vivia sua pior fase na C com as saídas de Alex Amado e Leandrão, Martini salvava o Xavante e garantia a vaga nas quartas-de-final.

Lateral-Direito: Ney Maruim (Confiança-SE)

Sem dúvidas o que menos jogou da lista, Ney Maruim só atuou em 8 partidas, mas foi vital para a classificação do Confiança, marcando inclusive o gol que levou a vaga para as quartas contra o Salgueiro-PE. Foram dois gols no total e sempre com ótimas atuações, o experiente jogador de 34 anos conseguiu garantir seu lugar na Seleção.

Zagueiro: Silvio (Londrina-PR)

Tudo bem, tomaram de 4 no último jogo, mas Silvio tomou essa vaga no fim também. Foi o pilar defensivo da equipe que não tomou um gol sequer em cinco partidas de mata-mata, atuando em 22 das 24 partidas da Série C e ainda marcando um gol.

Zagueiro: Adalberto (Fortaleza-CE)

Adalberto não conseguiu o acesso, mas se destacou. Jogou em 19 das 20 partidas do Fortaleza no torneio, marcando um gol logo na estreia do Leão contra o Icasa. Tranquilo (às vezes até demais), foi responsável pelo time cearense ter uma das melhores defesas da competição, afinal o que eliminou sua equipe não foi a defesa e sim o ataque.

Lateral-Esquerdo: Marinho Donizete (Vila Nova-GO)

Experiente, Marinho Donizete chega ao quinto acesso entre estaduais e brasileiros em sua carreira. Com 35 anos, Marinho participou de 23 partidas na Série C e marcou 1 gol. Sua tranquilidade e boa subida pelo lado esquerdo eram um trunfo a mais para o clube campeão.

Volante: Corrêa (Fortaleza-CE)

Outro experiente jogador, Corrêa foi o mentor do Fortaleza dono da melhor campanha geral na Primeira Fase. O "trequartisa" tricolor era o responsável por toda armação do time e com 34 anos tinha um vigor invejável na marcação. Foram 14 jogos na Série C e em todos que ele ficou de fora, seu time sentiu sua falta, não marcou gol, mas deixou cinco assistências.

Volante: Germano (Londrina-PR)

Outro experiente e conhecido jogador é Germano. Comandante do Londrina, o volante de 34 anos fez 3 gols em 21 partidas disputadas. Seguro e com uma boa saída de jogo com sua perna esquerda, foi o principal jogador do time paranaense na competição.

Meia: Rafael Gava (Londrina-PR)

Chega de experiência e vamos para a juventude. Rafael Gava de 22 anos chegou cheio de desconfiança para o clube paranaense, mas muita raça fizeram ele ganhar o coração da torcida e a vaga na Seleção. Foram 18 jogos e 2 gols, sendo o principal atleta do setor ofensivo do time vice-campeão.

Meia-Atacante: Moisés (Vila Nova-GO)

Para muitos Moisés pode parecer um atacante, mas no esquema tático de Márcio Fernandes, ele é um winger pelas pontas, saindo do meio-campo ao ataque como um elemento surpresa que funcionou muito bem na final marcando dois gols. Em 20 partidas, foram 8 tentos marcados.

Atacante: Guilherme Queiróz (Portuguesa-SP)

Artilheiro da Série C, Guilherme Queiróz chamou atenção de muitos clubes grandes. Foram 12 gols em 19 partidas, mas acabou passando em branco na fase final. O atacante foi a principal razão da Lusa ter conseguido a classificação, azar deles que acabou não indo tão bem nas quartas-de-final.

Atacante: Frontini (Vila Nova-GO)

Herói do acesso do Vila Nova-GO, o argentino Frontini marcou 9 gols em 19 partidas. Foram dois gols contra a Portuguesa-SP no Canindé e apesar de não ter marcado, fez uma bela partida no jogo do título. Foi junto com Moisés o dono da dupla mais destruidora da Série C, marcando 17 dos 31 gols do Vila na competição.

Técnico: Leston Júnior (Tupi-MG)

Mesmo sem um grande equipe em mãos Leston Júnior conseguiu levar o Tupi-MG até a Série B depois de 26 anos. O jovem treinador foi uma grata surpresa e fez um grande trabalho com uma equipe bem postada defensivamente.

Artilheiro: Guilherme Queiróz (Portuguesa-SP) - 12 gols
Melhor jogador: Moisés (Vila Nova-GO)
Jogador revelação: Rafael Gava (Londrina-PR)
Equipe reserva: Edson (Vila Nova-GO); Osmar (Tupi-MG), Leandro Camilo (Brasil de Pelotas-RS), Luizão (Londrina-PR) e Paulinho (Londrina-PR); Leandro Leite (Brasil de Pelotas-RS), Auremir (Fortaleza-CE), Didira (ASA-AL) e Fumagalli (Guarani-SP); Daniel Morais (Tupi-MG) e Maranhão (Fortaleza-CE).

sábado, 21 de novembro de 2015

Seleção Cearense

Ontem fiz uma matéria para o Bora Leão que falava que como seria o time do Fortaleza se só usasse seus pratas da casa (leia aqui) e me veio a ideia. Em caso do estado do Ceará virasse independente, qual seria a suposta seleção? No início da década passada com Jéfferson no gol, Chiquinho na direita e Sergio na esquerda, Alan e um "naturalizado" Ronaldo Angelim na defesa, meio-campo com Erandir, Wendell, Bechara e Clodoaldo, além de um poderoso ataque comandado por Iarley e Jardel seria um time forte e chato, mas em 2015? Se liga aí:

-GOLEIROS
Fábio Lima (Tiradentes-CE)

Igor Rayan (Linense-SP)


















Gustavo Alves (Ceará-CE)
-LATERAIS-DIREITOS
Amaral (Ferroviário-CE)

Ceará (Cruzeiro-MG)
-ZAGUEIROS
Ânderson Martins (Al Gharafa-QAT)

Max Oliveira (Fortaleza-CE)

Alef (Joinville-SC)

Lionn (Rio Ave-POR)
-LATERAIS-ESQUERDOS
Wendell (Bayer Leverkusen-ALE)

Héracles (Joinville-SC)
-VOLANTES
Rogério (Ríver-PI)

Pio (Fortaleza-CE)

Dudu Cearense (Fortaleza-CE)


Marcus Winícius (Atlético-GO)
-Meias
Raffael (Borussia Mönchengladbach-ALE)

Edinho (Paysandu-PA)

Ronny (Hertha Berlim-ALE)

Wanderson do Carmo (Krasnodar-RUS)
-ATACANTES
Osvaldo (Fluminense-RJ)

Ari (Krasnodar-RUS)

Everton Cebola (Grêmio-RS)

Éderson (Kashiwa Reysol-JAP)
-TÉCNICO
Flávio Araújo
Time-base (4-1-2-2-1): Fábio Lima; Ceará, Lionn, Ânderson Martins e Wendell; Marcus Winícius; Dudu Cearense e Wanderson do Carmo; Raffael e Osvaldo; Ari


Realmente de goleiros está difícil. Gustavo é o terceiro goleiro do Ceará e Igor Rayan que tem experiência nas Seleções de base do Brasil está na reserva da Linense-SP que joga a final da Copa Paulista, o único que joga regularmente é Fábio Lima, experiente, acabou de ser eliminado com o Tiradentes nas quartas-de-final da Fares Lopes.

Na direita Ceará e Amaral dão conta do recado, Lionn também poderia assumir por ali, mas pela falta de zagueiros fica improvisado. Ânderson Martins, Alef e Max Oliveira são outros bons nomes, Anderson Sobral (Guarany de Sobral-CE) poderia aparecer. Na esquerda Wendell é titular absoluto, no banco Héracles e Ronny pode jogar por ali. Na volância, a experiência de Dudu Cearense faz diferença, um cartel de bons volantes como Júnior (Fortaleza-CE), Felipe (Fortaleza-CE) e Erandir (Ferroviário-CE) completam a base.

No meio-campo um bom material humano que ainda sente falta de Eduardo (Bahia-BA), Leandro Lima (Jeonnam-KOR), Daniel Sobralense (Fortaleza-CE), Éverton (Fortaleza-CE) e Gegê (Botafogo-RJ). No ataque nomes como Osvaldo com passagem destacada pelo São Paulo-SP e jogos pela Seleção Brasileira, Ari artilheiro do Campeonato Sueco, Campeão Holandês e pretendido pela Seleção Russa, Éderson artilheiro do Campeonato Brasileiro em 2013 e Everton Cebola titular do Grêmio-RS e pretendido pelo Manchester City-ING dão nome ao setor mais forte.