quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

TOP 5 Brasil - Laterais-Direitos

Uma posição em que o Brasil sempre teve grandes jogadores. Imortais como Leandro, Carlos Alberto Torres, Jorginho, chega a lista apenas dos que eu vi jogando e temos surpresas.

5-Zé Maria 
Um injustiçado na Seleção Brasileira, Zé Maria deve até hoje não se conformar por ter sido preterido por Zé Carlos na Copa de 98. Reserva imediato de Cafu durante toda a preparação do Mundial, estando nos elencos campeões da Copa América e Copa das Confederações de 1997, titular absoluto do Parma, foi revelado em 1991 pela Portuguesa. Foi emprestado em 1993 para o Sergipe, onde foi campeão estadual. Em 1994, foi emprestado para a Ponte Preta sendo um dos destaques que evitou o rebaixamento do time campineiro no Paulistão, em 95 voltou à Lusa e foi Bola de Prata da Placar, também ajudando sua equipe a chegar nas semifinais do estadual. Em 96, foi campeão carioca pelo Flamengo no primeiro semestre e se transferiu para a Parma. Foi contratado pelo Perugia no verão europeu de 1998, foi emprestado para Vasco em 1999, sendo campeão do Rio-São Paulo, marcando gol na decisão contra o Santos no Morumbi. Foi emprestado ao Palmeiras no segundo semestre e fez parte da campanha do vice-campeonato da Mercosul sendo reserva de Arce. Em 2000, foi para o Cruzeiro no primeiro semestre, mas voltou à Europa antes de poder ser campeão da Copa do Brasil. Em quatro temporadas, sempre teve destaque no Perugia, conquistando uma Intertoto, saiu em 2004 depois do rebaixamento do clube. Passou duas temporadas como reserva da Inter de Milão, depois rodou por Levante da Espanha, voltou para o Brasil para jogar na Portuguesa sem sucesso e se aposentou no minúsculo Città Castello, da Serie D italiana. Quando jovem, tinha boa velocidade e subida de jogo, sem ser completamente desleixado na marcação. Dono de bolas paradas perigosas, era letal nos cruzamentos. 


4-Belletti

Juliano Haus Belletti é a expressão da vitória, começou a carreira em 1994 pelo Cruzeiro, ficou por lá até 1996, jogando ainda de volante. Chegou a ser convocado por Zagallo, mas não jogou. No clube mineiro, a carreira vitoriosa começou, foram quatro títulos, entre eles uma Copa do Brasil e um Campeonato Mineiro. A pedido de Telê Santana, chegou ao São Paulo em 96, se firmou como um dos principais volantes do país na época, mas em 1998 sofreu uma grave lesão e ficou de fora por onze meses. Em 1999, foi emprestado para o Atlético Mineiro, conquistando o título mineiro, sendo vice-campeão brasileiro, Belletti que atuava de meia-direita no clube mineiro, inclusive foi Bola de Prata naquele ano. Quando voltou ao São Paulo em Janeiro de 2000, virou lateral-direito e de lá nunca mais saiu, foi titular absoluto do tricolor até 2002, conquistando um título paulista e um Rio-São Paulo, sendo convocado para ser o reserva de Cafu, conquistando a Copa do Mundo de 2002. Foi contratado pelo Villarreal da Espanha, depois do Mundial. Ficou duas temporadas, conquistando a Intertoto em 2003, saindo em 2004 para o Barcelona. Na equipe catalão foram cinco títulos, sendo dois títulos espanhóis e a Liga dos Campeões onde o gol derradeiro da conquista foi marcado por ele, Belletti estava para sempre na história do Barcelona. Em 2007, foi para o Chelsea onde ficou por três temporadas, conquistou outros quatro títulos, sendo uma Premier League, reserva imediato, era querido da torcida inglesa pela raça, ótimos chutes e por poder atuar em várias posições. Em 2010, voltou ao Brasil para atuar no Fluminense, pouco jogou por conta de problemas físicos, mas foi campeão brasileiro. No começo do ano seguinte acertou com o Ceará, mas em uma semana rescindiu o contrato por problemas crônicos no tendão, encerrando de vez sua carreira meses depois. Foram vinte e dois títulos na carreira, alguns dos mais importantes no esporte, velocidade, bons chutes e inteligência tática marcaram Belletti.


3-Daniel Alves
Podem chiar, achar ruim, criticar, mas esse cara já jogou muita bola. Natural de Juazeiro, no interior da Bahia, Dani Alves começou a carreira em 2001 durante o Campeonato Brasileiro daquele ano. Na oportunidade, os laterais titular e reserva, Denílson e Mantena, o jogador logo tomou a titularidade do Bahia. Logo na estreia, comandou um sonoro 3x0 contra o Paraná na Fonte Nova, sofreu pênalti e deu assistência, e chamou a atenção de todos. Ajudou no ano seguinte o Bahia a ser bi-campeão da Copa do Nordeste e no segundo semestre se transferiu para o Sevilla da Espanha. Na equipe espanhola, chegou a Seleção Brasileira, ganhou duas Copas da UEFA, uma Supercopa Européia, uma Copa do Rei e uma Supercopa da Espanha, virou ídolo. Saiu em 2008 para o poderoso Barcelona, onde vive uma história de amor e ódio. Sua irresponsabilidade tática gerou diversas críticas dos torcedores, mas sua técnica encantou vários, principalmente pelo entrosamento com Lionel Messi. Na Catalunha, ganhou vinte e um títulos.

2-Maicon
Terceiro lugar entre os do mundo todo, Maicon ocupa aqui a segunda posição. Lateral do Brasil nas últimas duas Copas, Maicon ainda está na ativa. Começou no Cruzeiro em 2001, foram três anos no clube mineiro, suas maiores conquistas como a tríplice coroa de 2003, como reserva de Maurinho. Em 2004, Maicon foi para o Mônaco e no clube do principado, foram ótimas atuações e o destaque para a transferência para a Internazionale em 2006. Na equipe milanesa, viveu seu auge, campeão de quase tudo, Maicon se firmou como homem de confiança de Dunga e ídolo da torcida da Inter. Teve rápida e fraca passagem pelo Manchester City em 2012-2013 e voltou para a Itália ao fim da temporada. Agora na Roma, Maicon chegou a voltar à Seleção Brasileira só que aos 34 anos, já está em reta final de carreira. No seu auge foi dono de uma velocidade e força incríveis, potente tanto no ataque quanto na defesa, fica com a quarta posição porque infelizmente, esse auge, não foi tão longo.


1-Cafu
Capitão do penta, dono da posição na Seleção Brasileira por mais de uma década, três finais de Copa do Mundo e duas delas ganhas, Cafu é uma lenda quando se fala de laterais-direitos. Revelado pelo São Paulo em 1989, jogou em todos os cantos do lado direito, de lateral até a ponta, Cafu foi ídolo do tricolor paulista. Por lá foram três títulos estaduais, um Brasileiro, duas Libertadores, dois Intercontinentais, duas Recopas e uma Supercopa. Depois teve passagens sem sucesso por Zaragoza e Juventude, até chegar no Palmeiras em 1995. No Verdão foram duas temporadas, campeão paulista em 96 e muito destaque fizeram a Roma levá-lo no ano seguinte. No time da capital italiana, foram seis temporadas, 217 jogos, um Calcio e uma Supercopa Nacional. Em 2003, já experiente e lenda no Brasil, Cafu foi pro Milan. Nos últimos cinco anos de carreira, nem sempre o brasileiro foi titular, mas conseguiu ganhar tudo que lhe restava na Europa. Com 27 títulos na carreira, grandes passadas pela ponta, cruzamento competente e um preparo invejável, é de Cafu é a posição 1, até porque foi o líder entre os internacionais também.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A Primeira Liga é realmente a solução?


Nos últimos dias a Primeira Liga virou o assunto do momento nas resenhas sobre futebol. Criado em tese para ir contra a CBF, pelo vice-presidente da CBF e presidente da FCF (Federação Catarinense de Futebol) Delfim Peixoto. Uniu-se então o interesse de recriar a Copa Sul-Minas aproveitando o sucesso da Copa do Nordeste. Por conta das brigas com a FERJ, Flamengo e Fluminense se aproximaram, criando assim o que temos hoje, a Primeira Liga, mesmo no meio de tantos impasses e confusões.

Mas agora fica a dúvida, será que essa é a solução? Em 2010, enfraquecidos e em crise financeira, os clubes nordestinos junto com a Esporte Interativo usaram a pausa da Copa do Mundo para reeditar a Copa do Nordeste. Não precisa nem dizer que foi um fracasso, onde a maioria dos times ia com suas equipes reservas e o público não compareceu. Três anos depois, a Liga Nordeste já fundada e sacramentada recriou a competição. Em 2010 foram enviados os mais tradicionais, em 2013 participou quem se classificou, deixando o tradicional Náutico-PE de fora. O torneio vai para o quarto ano e desde a edição passada já conta também com times de Maranhão e Piauí, se tornando exemplo a ser seguido para qualquer competição no país, tornando novamente os estaduais atrativos pela vaga no Nordestão e o torneio atrativo pela rivalidade e a vaga na Sul-Americana.

A Primeira Liga nasce em moldes parecidos ao Clube dos 13 em 1987. Ela já de cara tem cotas superiores de um clube para o outro. Os participantes estão ali via Ranking da CBF, mas o intuito do torneio é justamente não seguir a CBF, ou seja, ou é hipocrisia ou não querem admitir a proteção aos mais tradicionais da região. Botafogo e Vasco não iriam pelo Rio por estarem juntos à FERJ, os clubes de São Paulo foram chamados, mas de outros estados não, foram completamente esquecidos na hora de 'bater de frente' com a CBF.

Além disso, Flamengo e Fluminense tem cadeiras cativa, se abre um processo dito embriônico, mas ele não tem nada planejado para temporadas seguintes. Se diz contra a CBF e a favor dos clubes, mas os mesmos por diversas vezes ficaram ao lado da manutenção do futebol brasileiro como é, começando nas cotas de TV. Inclusive, esses próprios clubes e suas federações votaram a favor de Coronel Nunes na eleição da CBF, vencendo o próprio idealizador, Delfim Peixoto que teve apenas nove votos, o de sua Federação e 8 do Nordeste. Então, onde está a mudança? A bola nem rolou e brigas internas e políticas, não com a CBF, entre os dirigentes já existem.

Então ela é a solução mesmo? Cadê o projeto? Cadê o diferente? Então quando me perguntarem se estou do lado dos clubes ou do da CBF, eu sou claro, de nenhum dos dois, eu estou ao lado do futebol brasileiro e nenhum dos dois lados me demonstrou nenhuma mudança ou segurança, apenas sede por poder e dinheiro.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

TOP 5 Brasil - Goleiros

Depois de receber pedidos, resolvi aderir ao TOP só entre brasileiros. Vou lembrar a todos que acompanho futebol desde 1996 e a minha lista será apenas de jogadores que eu acompanhei, logo Émerson Leão, Pelé, Carlos Alberto Torres e outros não irão entrar nela.

1-Dida 
Nelson de Jesus da Silva, 42 anos e natural de Irará na Bahia. Dida, o goleiro que nunca sorri, ainda está em atividade, mas hoje no banco do Internacional de Porto Alegre, o imortal arqueiro do Vitória vice-campeão brasileiro de 93, o paredão do Cruzeiro no título da Libertadores em 97, o mito do Corinthians no fim dos anos 90 e início dos anos 2000, titular do Milan em dois títulos da Champions na década passada, quarto goleiro que mais vestiu a camisa da Seleção e o 16º jogador que mais entrou em campo, com 91 partidas, Dida é uma lenda. Apesar de sempre ter sido inseguro em saídas do gol, debaixo dos paus era soberano, praticamente perfeito, seu reflexo era surpreendente, seu tamanho foi essencial, era por ele que Dida fazia defesas impossíveis, mas era por ele que se demonstrava desajeitado, especialmente no fim da carreira. Outra característica do goleiro era a força, dono de uma perna esquerda potente, não era cobrador de faltas, mas suas reposições de bola eram muitas vezes mortais, armava contra-ataques altamente perigosos, já que com muita facilidade colocava a bola no campo adversário.

2-Taffarel
Para quem cresceu nos anos 90 e jogou no gol pelo menos uma vez, estufou o grito: "Sai que é tua Taffarel". Não vou mentir que particularmente, Cláudio Taffarel, como ficou conhecido na Europa não me agradava tanto. Ídolo da torcida brasileira pelo título da Copa do Mundo em 1994 e por levar o Brasil até à decisão na Copa de 1998, Taffarel também era alvo de críticas, até o apelido 'Frangarel' era usado, especialmente depois da atuação vergonhosa contra a Bolívia nas Eliminatórias da Copa de 94 em La Paz. Taffarel é um dos goleiros mais vitoriosos da história, seja por clubes, Seleção ou individualmente. No Brasil, fez história no Internacional onde foi revelado em 1985 e jogou até 1990. No Colorado, é ídolo intocável, duas vezes Bola de Prata (em 87 e 88), foi um dos cinco goleiros a ganhar o Bola de Ouro da Placar, sendo o mais jovem entre eles, com 22 anos de idade na época. Abriu o caminho para os goleiros brasileiros na Europa, ao assinar pelo emergente Parma, em 1990. Em três temporadas, foi campeão da Copa da Itália e da Recopa Européia, saiu em 1993, por empréstimo ao Reggiana. Voltou ao Brasil em 95, contratado a peso de ouro pelo Atlético Mineiro, ganhando um Campeonato Mineiro e uma Copa Conmebol, saindo em 98 pro Galatasaray da Turquia. Foram três temporadas na Turquia, com dois títulos nacionais, duas Copas nacionais, uma Copa da UEFA sendo o melhor jogador da final contra o Arsenal de Bergkamp, Henry e cia, além de uma Supercopa da Europa vencendo o Real Madrid. Voltou pro Parma em 2001, pouco jogando e ganhando mais uma Copa da Itália, se aposentou em 2003, com uma carreira brilhante, de um goleiro que tinha reflexos incríveis e se posicionava como poucos.

3-Marcos
Goleiro de um time só, São Marcos como é conhecido e idolatrado pelos palmeirenses demorou para finalmente se firmar. Jogou profissionalmente pela primeira vez em 1992, em amistoso contra o Guaratinguetá, vencido pelo Verdão por 4x0 e ainda pegou um pênalti. Só foi estrear mesmo em um jogo profissional em 1996, pelo Paulistão, contra o União São João de Araras, quando virou segundo goleiro da equipe. Por anos ficou como reserva de Velloso, até que em 1999, o experiente goleiro se contundiu e Marcos assumiu a titularidade para não perder mais. Pegando muito, decidindo nos pênaltis contra o Corinthians e pegando pênaltis na final contra o Deportivo Cali, Marcão virou santo no Parque Antártica, título que nunca perdeu. Até sua aposentadoria em 2011, Marcos jogou um total de 532 jogos pelo Palmeiras, foi perseguido por contusões que não só encurtaram sua carreira como fizeram ele não virar nem a sombra do goleiro que foi no início da carreira. Campeão do Mundo em 2002 como titular, também venceu a Copa América de 1999 e a Copa das Confederações de 2005 na reserva de Dida, venceu diversos títulos no Palmeiras, muitos como reserva, com o bi-campeonato brasileiro em 93 e 94, a Mercosul de 98 e a Copa do Brasil no mesmo ano. O Rio-São Paulo de 93 e pelo menos três paulistões foram como reserva. Foi titular também nas conquistas da Série B em 2003, a Copa dos Campeões de 2000, o Rio-SP do mesmo ano e do Paulistão em 2008. Marcos era um grande pegador de pênaltis, abaixo apenas de Dida e Taffarel no futebol nacional, não era lá tão seguro e suas saídas de gols não era tão boas, mas tinha grandes reflexos, fechava o gol em partidas importantes e em bolas baixas era soberano.

4-Júlio César
Tinha tudo para ser o maior goleiro da história desse país, caiu no meio de uma safra que não vingou o esperado e seu psicológico fraco, também típico de sua geração fez parte de sua decadência. Revelado pelo Flamengo em 1997, foi banco de Clêmer nos primeiros anos. Em 2000, começou a ganhar espaço, virando ídolo e xodó da torcida rubro-negra. Foi contratado pela Internazionale em 2005 depois de se destacar na Copa América daquele ano, parando a Argentina nos pênaltis na grande decisão e garantir o título da Seleção, além de salvar o Flamengo do rebaixamento para a Segunda Divisão. Na primeira temporada foi emprestado ao Chievo Verona e voltou depois de não jogar um minuto durante todo os seis meses que por lá esteve. Tudo mudou no segundo semestre de 2005 quando voltou a Inter, logo tomou a vaga do gigante Francesco Toldo e conquistou em sete temporadas, catorze títulos, sendo cinco italianos, uma Champions e o Mundial Interclubes. Foi eleito por duas vezes o melhor goleiro do Calcio batendo nomes como o imortal Gianluigi Buffon e foi também o melhor da UEFA em 2010. Mas tudo mudou depois da falha contra a Holanda na Copa de 2010. Não passava a mesma segurança pela Inter, foi para o Queens Park Rangers da Inglaterra, começou bem, mas depois as falhas fizeram o carioca perder a vaga pra Robert Green e em 2014 foi para o Toronto FC do Canadá, pouco jogou por conta do curto calendário norte-americano antes do Mundial daquele ano. Apesar de tudo, fez uma boa Copa e com as boas atuações, hoje é titular do Benfica vice-líder do português.

5-Rogério Ceni
Natural de Pato Branco do Paraná, cresceu no Mato Grosso e no Sinop deu seus primeiros passos em 1990. Por lá, jogou onze partidas e era o goleiro reserva do título estadual daquele ano. Em Setembro de 1990, foi contratado pelo São Paulo e foi remanejado para as categorias de base. Começou a aparecer quando foi o goleiro titular da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1993, sendo campeão do torneio. Estreou no mesmo ano na Copa Santiago Compostela contra o Tenerife, foi colocado no Expressinho, time comandado por Muricy Ramalho que tinha jovens como Denílson e Catê, campeã da Copa Conmebol em 1994. Em 1996, Zetti saiu do tricolor paulista pro Santos e Rogério Ceni assumiu a titularidade do São Paulo para nunca mais sair. Artilheiro, campeão, líder, individualmente foi eleito melhor goleiro do mundo em 2005 pelo RSSSF, melhor goleiro da América do Sul quatro vezes pela IFFHS entre 2005 e 2008, goleiro da América do Sul da El País duas vezes em 2005 e 2006, melhor goleiro da Libertadores de 2005 e do Mundial no mesmo ano, seis vezes Bola de Prata, entre outros, foi para duas Copas do Mundo, sendo campeão sem entrar em 2002 e atuando alguns minutos contra o Japão em 2006. Seguro, com boa reposição de bola e mitológico em cobranças de faltas, participou de 1198 partidas, marcou 125 gols, ganhando mais de trinta títulos entre clubes e seleção, além de mais de 50 títulos individuais.

Twitter: @lucalaprovitera

domingo, 24 de janeiro de 2016

Boleiro Nostalgia: Raí

Raí foi daqueles jogadores que ficou famoso entre os que gostavam e não gostavam de futebol. Para os apreciadores do esporte bretão, um grande meio-campista, de muita inteligência e bastante técnico. Para os que não eram muito fãs do futebol, alguns o admiravam porque sempre foi considerado bonitão, outros simplesmente por ser irmão de Sócrates, mas mesmo tendo um irmão tão grande pro esporte, o ex-meia conseguiu sair desvencilhar do irmão e ter uma grande e própria carreira.

Natural de Ribeirão Preto, no interior paulista. Foi no Botafogo, clube da cidade que começou nos profissionais em 1984. Ficou por lá até 1986, quando foi emprestado para a Ponte Preta para a disputa do Brasileirão. Retornou ao Botafogo em 1987, e suas boas atuações no Paulistão onde comandou a equipe ao 2º lugar da Primeira Fase, o levaram à Seleção Brasileira para jogar a Copa América e quase foi contratado pelo Corinthians, mas foi para disputar a Copa União (Campeonato Brasileiro de 1987) que Raí foi parar n São Paulo.

No tricolor paulista, o meio-campo jogou por 6 anos, conquistando praticamente tudo e sendo atrás apenas de Rogério Ceni, o principal jogador da história do São Paulo. Até sair pro PSG da França no meio de 1993, Raí venceu três Paulistões, um Brasileiro, duas Libertadores e uma Intercontinental. No futebol francês foi ídolo, levou o Paris Saint-Germain a diversos títulos. Mas para a Seleção Brasileira, sua história terminou depois da participação ruim na Copa do Mundo de 1994, mesmo iniciando o torneio com a camisa 10, titularidade e como capitão, perdeu a vaga no time nas Oitavas-de-Final e marcou apenas um gol, de pênalti, em cinco jogos disputados. Depois disso, só retornou a jogar pela Canarinha em 1998, em jogo amistoso contra a Argentina no Maracanã, em partida que Cláudio López acabou com o jogo, e o artigo sobre ele que você lê aqui.

Depois do sucesso na França, foi hora de voltar ao São Paulo. A estréia, na grande final do Campeonato Paulista de 1998 contra o Corinthians. O Timão havia vencido o primeiro jogo por 2x1. Ao lado de Denílson e França, Raí marcou um gol de cabeça e garantiu o título tricolor ao vencerem por 3x1. Sua passagem final pelo São Paulo foi marcada por algumas contusões, aposentando em 2000, depois da derrota pro Sport Recife no Almeidão, em João Pessoa, pelas semifinais da Copa dos Campeões daquele ano.

Títulos:
Campeonato Paulista: 1989, 1991, 1992, 1998 e 2000 (São Paulo)
Campeonato Brasileiro: 1991 (São Paulo)
Copa Libertadores da América: 1992 e 1993 (São Paulo)
Copa Intercontinental: 1992 (São Paulo)
Copa do Mundo: 1994 (Seleção Brasileira)
Campeonato Francês: 1993-1994 (Paris Saint-Germain)
Copa da Liga Francesa: 1994-1995 (Paris Saint-Germain)
Copa da França: 1994-1995 e 1997-1998 (Paris Saint-Germain)
Supercopa da França: 1995 (Paris Saint-Germain)
Recopa Européia: 1995-1996 (Paris Saint-Germain)
Bola de Prata 1989
Artilheiro do Campeonato Paulista de 1991
Meio-campista da "Equipe Ideal" Brasileira do Estadão de 1992
Melhor jogador da Copa Intercontinental de 1992
Melhor jogador Sul-Americano de 1992
Equipe Européia do Ano da ESM de 1995-1996
Prêmio Laureus "Sport for Good" de 2012

Botafogo-SP (1984-1987): 38 jogos e 10 gols
Ponte Preta-SP (1986): 28 jogos e 10 gols
São Paulo-SP (1987-1993): 393 jogos e 128 gols
Paris Saint-Germain-FRA (1993-1998): 217 jogos e 74 gols
São Paulo-SP (1998-2000): 24 jogos e 3 gols
Seleção Brasileira: (1987-1998): 51 jogos e 17 gols

Total: 751 jogos e 242 gols

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Boleiro Nostalgia: Gheorghe Hagi

Algoz dos argentinos na Copa de 1994, Gheorghe Hagi é conhecido em seu país como "Maradona dos Cárpatos" em alusão ao seu estilo de jogo ser parecido com o do ex-meia do Boca. Maior jogador da história da Romênia, foram dezessete anos jogando pela Seleção Romena, jogando três Copas e três Euros conseguindo o melhor resultado da equipe dos balcãs na história, sendo o segundo jogador que mais vestiu a camisa da Seleção e o maior artilheiro de sempre ao lado do atacante Adrian Mutu.

Hagi tinha apenas 17 anos, quando o modesto Farul Constanta o lançou entre os profissionais em 1982. Ao Fim do torneio, o clube foi o lanterna com muita distância para os demais, mas o jovem meia tinha aberto os olhos dos outros clubes romenos. Na temporada seguinte, o Sportul Bucareste era o destino do jogador que em três temporadas foi duas vezes artilheiro do Campeonato Romeno e levou a equipe à três Copas da UEFA seguidas. Na metade da temporada 1986-1987, foi a vez de ir para a maior equipe do país fazer história, Hagi chegava ao Steaua Bucareste.

Foram seis títulos em três temporadas e meia, além de um vice-campeonato europeu, sendo massacrado pelo Milan na final da Copa Européia em 1989. Seu destaque na Copa de 90 e em suas temporadas anteriores, o levaram ao todo poderoso Real Madrid. Nos merengues, uma vida social conturbada, atuações irregulares e o relacionamento ruim com pessoas do clube, levaram em duas temporadas a sua venda ao modesto Brescia na Itália. No país da bota, na primeira temporada vieram boas atuações e poucos gols, o suficiente para rebaixar a sua equipe para a Serie B. Na temporada seguinte, Hagi teve muito destaque e carregou o Brescia de volta a elite italiana.

Devido a uma incrível Copa, o meia foi parar o Barcelona em 1994. Na Catalunha, Hagi nunca se firmou como titular e não deixou muitas saudades, até em 1996 ser transferido para o Galatasaray da Turquia, onde viraria uma lenda. No clube turco, foram cinco temporadas inesquecíveis, ganhando dez taças e coroando a brilhante carreira de Hagi. Apesar de ter sido um cracaço, jamais consegui repetir seu destaque de pequenos centros nas grandes ligas europeias. Rápido, habilidoso e mortal, Hagi era o típico jogador que dava dor de cabeça para qualquer adversário.

Títulos:
Campeonato Romeno: 1986-1987, 1987-1988 e 1988-1989 (Steaua Bucareste)
Copa da Romênia: 1986-1987 e 1988-1989 (Steaua Bucareste)
Supercopa Europeia: 1986 (Steaua Bucareste) e 2000 (Galatasaray)
Supercopa da Espanha: 1990 (Real Madrid) e 1994 (Barcelona)
Torneio Anglo-Italiano: 1993-1994 (Brescia)
Campeonato Turco: 1996-1997, 1997-1998, 1998-1999 e 1999-2000 (Galatasaray)
Copa da Turquia: 1998-1999 e 1999-2000 (Galatasaray)
Supercopa Turca: 1996 e 1997 (Galatasaray)
Copa da UEFA: 1999-2000 (Galatasaray)
Artilheiro do Campeonato Romeno: 1984-1985 e 1985-1986
Artilheiro da Supercopa Europeia: 1986
Artilheiro da Copa Europeia: 1987-1988
Jogador Romeno do Ano: 1985, 1987, 1993, 1994, 1997, 1999 e 2000
Seleção da Copa do Mundo: 1994
Prêmio Jubileu da UEFA: 2003
FIFA 100: 2004
100 Maiores Jogadores do Século 20 pela World Soccer

Farul Constanta-ROM (1982-1983): 18 jogos e 7 gols
Sportul Bucareste-ROM (1983-1987): 118 jogos e 62 gols
Steaua Bucareste-ROM (1987-1990): 118 jogos e 88 gols
Real Madrid-ESP (1990-1992): 84 jogos e 20 gols
Brescia-ITA (1992-1994): 61 jogos e 14 gols
Barcelona-ESP (1994-1996): 51 jogos e 11 gols
Galatasaray-TUR (1996-2001): 192 jogos e 73 gols
Romênia (1983-2000): 124 jogos e 35 gols
Total: 766 jogos e 310 gols

sábado, 16 de janeiro de 2016

Museu do Futebol, lindo e cruel


O Museu do Futebol continua maravilhoso, fantástico e espetacular, mas atenta uma falha muito grande de como se trata o futebol nesse país, continua tratando com apenas dois estados importassem, outros 4 "forasteiros" tivessem relevância e o resto é índio, alguns mais simpáticos e tratados com um falso respeito, outros tratados como animais de zoológico e outro sequer lembrados.

O início com fotos de símbolos de clubes por todo país é bem legal, tem diversos escudos de todo país, é algo que dá uma premissa de quão nacional o Museu do Futebol "Brasileiro" é. Infelizmente o resto não é tanto assim, nos ídolos nacionais alguns nomes fazem falta, mais para frente nas narrações e jogadas da história, os lances se restringem à Seleção Brasileira e clubes de quatro estados, Copa do Nordeste, Copa Norte, campeonatos como Santa Catarina, Paraná e Goiás completamente ignorados, os grandes narradores com exceção de um nome ou outro são do Rio de Janeiro ou São Paulo. 

Essa parte da foto ao lado se chama "Exaltação", nela estão gritos e comemorações de gols de 29 clubes, de 11 estados e das 5 regiões. Torcidas como a do Ceará, Bahia, Vila Nova, Avaí, Figueirense, Brasil de Pelotas, foram completamente ignoradas, outras como a do América-RN além de terem filmagem ridícula e diminutiva mal tem espaço, enquanto as imagens dos chamados "grandes clubes" se repetem de forma exaustiva. 

Saindo de lá, várias fotos de como o futebol começou no país, claro, a maioria só em São Paulo ou Rio de Janeiro, achar algo de outro estado fica quase que impossível. Descendo se tem placas com detalhes de vários times do país, procurei logo dos clubes nativos do meu estado, Ceará e Fortaleza, sequer quis ver o resto quando vi que não tinha os dois, mas do extinto Colorado do Paraná tinha. 

Chegando do outro lado era o local das curiosidades e de cara alguns equívocos. Pelé é obviamente tratado como o maior por seus 1283 gols, mesmo que "apenas" 757 deles tenham sido marcados de forma oficial. Se formos tratar amistosos e documentados, o brasileiro Arthur Friedenreich marcou 1329 gols, o alemão Gerd Müller fez 1461 gols e o austríaco-checo Josef Bican marcou incríveis 1468 gols. Se formos contar oficiais apenas, Pelé ainda estaria atrás de Josef Bican com 761 gols e de Romário, herói do tetra com 762 gols. 

Foram vários equívocos como do goleiro Getúlio Vargas tratado como apelido quando o nome do goleiro é Getúlio Vargas Freitas de Oliveira Júnior, dentre outras falhas. Infelizmente para ser o Museu do Futebol "Brasileiro" ainda precisa nacionalizar mais, precisa sair do 'casulo' de que chamamos eixo, na qual times do Rio de Janeiro e São Paulo, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Grêmio e Internacional de Porto Alegre fazem parte. A experiência ainda é riquíssima, mas no olhar crítico, se torna bem mais cruel, escancara o que acham importante para o futebol nacional.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Troféu Asa Branca, para quê mesmo?

Ceará e Flamengo se enfrentando em 2011
(Foto: O Globo)
Nos últimos dias acompanhávamos o Flamengo tentando marcar amistosos pela região Nordeste, Ceará, Santa Cruz e outros times eram procurados. Pensando nisso, Ceará, Flamengo, a Liga Nordeste e a Esporte Interativo resolveram criar o "Troféu Asa Branca", torneio entre o Campeão do Nordeste e uma força do futebol brasileiro.

Muitos nordestinos ficaram ofendidos, eu particularmente não, mas entendo que houve um erro de leitura dos organizadores. Tudo bem que é apenas um torneio amistoso, mas qual a necessidade do estardalhaço em cima dele? Porque um grande força do Brasil? Porque logo o Flamengo? Justamente o time mais perseguido pelos movimentos anti-misto. A emissora, Esporte Interativo, a qual sou grato por abrir espaço para o Nordeste, mesmo sabendo que pelo olhar empresarial somos um ótimo mercado deu uma nova bola fora. A primeira com a Copa Verde e as drásticas mudanças de regulamento, virada de mesa, retirando clubes que ganharam a vaga no campo para pôr times de melhor audiência.

Claramente incomoda a todos a expressão "grande clube brasileiro" na escolha do Flamengo. A Copa do Nordeste desde que voltou em 2013 vem sendo um sinônimo de organização, quase sempre organizada de maneira perfeita, um modelo exemplar a ser seguido para o resto do país. Ao invés de trazer o Flamengo, poderia ser uma disputa contra o Cuiabá-MT, campeão da Copa Verde, ou o Corinthians ou Palmeiras, campeões da Série A e Copa do Brasil, mas qual o critério do Flamengo? Sempre volta ao mesmo, audiência e dinheiro. O problema é que sempre querem investir no certo, raramente querem apostar.

Alguns podem não entender, mas os times do Nordeste lutam pelo seu sofrido espaço, lutam pela sua mídia, lutam diariamente para bater de igual para igual com os clubes de outros centros, temos a vantagem de sermos uma região relativamente "bairrista" e muitos adotarmos os clubes locais, diferentes da maioria dos estados do Norte e Centro-Oeste (por favor, mudem essa realidade), mas mesmo assim, a presença das torcidas de fora ainda é forte e maciça, prejudica muito as receitas locais e um jogo como esse claramente não ajuda, queremos mérito e não lucro, ele será resultado do nosso crescimento.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Se eu fosse jogador, eu seria mercenário

Renato Augusto no Flamengo saindo carregado pelos
massagistas (Foto: Agência O Globo)
Esse é Renato Augusto, tem 27 anos e em um pouco mais de mês ele fará 28. Tem em sua carreira passagens importantes pelos dois clubes de maior torcida do país, como Flamengo e Corinthians onde acabou de ser o principal jogador no título brasileiro do time. Jogou na Europa, pelo Leverkusen da Alemanha, time tradicional e de segundo escalão no continente, terminou 2015 como titular da Seleção Brasileira, ganha em torno de R$ 400 mil por mês, recebeu a chance de voltar a Europa, voltar a Alemanha, jogar em um time ainda maior, o Schalke 04, não deu certo, veio a China e ele recusou, mas quando ofereceram R$ 2 milhões ele não teve como recusar.

Hoje chamam-no de mercenário, me desculpem, mas eu também sou então, porque também iria. Renato já não é mais nenhum garoto, sabe que não tem mercado em um gigante europeu, sofreu cerca de 7 à 8 lesões graves durante a carreira, 2015 foi a primeira temporada desde 2008 que ele não sofreu nenhuma delas, ou seja, a primeira em oito delas. Mesmo ganhando R$ 400 mil, seu clube em 2015, o Corinthians passou meses atrasando salários, chegando a estar devendo R$ 30 milhões na folha, até onde se diz não pagou todos os direitos de imagem e é uma realidade constante do futebol brasileiro e que pode voltar. Outro é a falta de segurança do país, a pressão de jogar no Corinthians, até sua transferência era um caso de amor, mas bastaria uma derrota em um Clássico, uma eliminação, que o amor acabaria, afinal a fiel já chutou grandes ídolos, Ronaldo "Fenômeno", Marcelinho Carioca, Carlos Tevez, até mesmo Rivellino teve problemas com os torcedores, o que garantiria que o mesmo não acontecesse com ele?

Dinheiro, segurança, Renato não tem espaço em um grande clube europeu, sua pedida salarial (R$ 800 mil) no Schalke foi recusada, jogará em um país sem pressão, que paga em dia, emergente economicamente, socialmente (apesar de haver divergências aqui) e para ele, principalmente, futebolisticamente. Ele sabe que as contusões podem voltar e atrapalhar sua carreira, ele pode ganhar muito bem, mas pode dar luxo e conforto que ele nunca imaginou para sua família agora, eu, se fosse ele, também iria.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Boleiro Nostalgia: Landon Donovan

Donovan em ação pela Seleção Americana
Donovan começou a aparecer para o futebol em 1999. Foi no Mundial Sub-17 daquele ano, que com três gols e ótimas partidas, comandou os americanos ao quarto lugar do torneio e levou a Bola de Ouro do torneio. Na época, treinando na IMG Academy, foi levado ao futebol alemão no Bayer Leverkusen.

Com 17 anos, já era titular do Bayer Leverkusen II que jogava a Regionaliga (Terceira Divisão Alemã) e marcou seis gols na temporada inicial. Quando 2000-2001 chegou, Donovan não teve muitas chances, e no início de 2001, foi emprestado ao San Jose Earthquakes. O empréstimo durou até 2004, conquistando diversos prêmios individuais e duas Major League Soccer pela equipe. Voltou para a Alemanha em 2005 e depois de poucos meses jogando pelo Leverkusen, sem oportunidades, foi negociado de volta aos EUA, agora com o Los Angeles Galaxy, onde faria história.

Na Califórnia foram dez temporadas e quatro títulos da Major League Soccer, mais uma infinidade de prêmios individuais, virou o maior artilheiro da história do LA Galaxy, e jogou ao lado de estrelas de David Beckham e Robbie Keane. Durante seu período no maior clube dos Estados Unidos, Donovan foi emprestado três vezes para manter a forma enquanto a temporada não se iniciava. A primeira em 2009 para o Bayern de Munique. Em três meses pela Liga Alemã, mal jogou e não deixou saudades. Em 2010 e em 2012, foi para o Everton da Inglaterra se destacando em ambas, principalmente na primeira. Conseguindo inclusive sair com dois prêmios de Jogador do mês do Everton por duas oportunidades.

Apesar de tudo, seu destaque veio mesmo na Seleção Americana. Jogador com mais partidas e gols da Seleção Sub-17, jogou seis Copas Ouro, vencendo quatro delas, sendo três vezes artilheiro e uma vez MVP, é o maior artilheiro da competição de forma geral e o jogador que mais vezes foi campeão do torneio. Foram duas Copas das Confederações, sendo vice-campeão em 2009, marcando gol na final contra o Brasil, e em Copas do Mundo foram mais três participações. A primeira em 2002, foi eleito o melhor jogador jovem, comandou os EUA até às quartas-de-final, esteve na Seleção da Copa e marcou 2 gols. A segunda em 2006, passou sem destaque, eliminado na Primeira Fase e sem gols marcados. Já na terceira e última em 2010, foram três gols, um deles histórico no último minuto contra a Argélia que levou os americanos até as Oitavas-de-final, virando o maior artilheiro americano em Copas do Mundo, com cinco gols.

Donovan se aposentou no fim de 2014, sua despedida foi em grande estilo. Nela foi campeão pela sexta vez da MLS e mesmo sem marcar gols na final, foi um dos melhores em campo. Landon tinha apenas 32 anos quando parou, mas seu legado para o esporte na terra do Tio Sam é inegável e gigante.

Títulos:
MLS Cup: 2001, 2003 (San Jose Earthquakes), 2005, 2011, 2012 e 2014 (Los Angeles Galaxy)
Supporters' Child: 2010 e 2011 (Los Angeles Galaxy)
US Open Cup: 2005 (Los Angeles Galaxy)
Copa Ouro: 2002, 2005, 2007 e 2013 (Estados Unidos)
Atleta de Futebol Jovem do Ano nos EUA: 2000
Atleta de Futebol do Ano nos EUA: 2003, 2004, 2009 e 2010
Jogador do Ano Honda: 2002, 2003, 2004, 2007, 2008, 2009 e 2010
Bola de Ouro do Campeonato Mundial Sub-17: 1999
Melhor Jogador Jovem da Copa do Mundo: 2002
Seleção da Copa do Mundo: 2002
Seleção da Copa Ouro: 2002, 2003, 2005 e 2013
MVP da Copa Ouro: 2013
Artilheiro da Copa Ouro: 2003, 2005 e 2013
Jogador do Mês do Everton: Janeiro de 2010 e Janeiro de 2012.
Melhor Onze da História da Major League Soccer
MVP da Major League Soccer: 2009
Maior artilheiro da história da Major League Soccer
Seleção da Major League Soccer: 2003, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2014
MVP da MLS Cup: 2003 e 2011
MVP do All-Star Game da MLS: 2001 e 2014
Chuteira de Ouro da MLS: 2008
Chuteira de Prata da MLS: 2010
Gol do Ano da MLS: 2009

Bayer Leverkusen II-ALE (1999-2000): 21 jogos e 6 gols
San Jose Earthquakes-EUA (2001-2004): 109 jogos e 43 gols
Bayern Leverkusen (2005): 9 jogos e 0 gol
Los Angeles Galaxy-EUA: (2005-2008): 111 jogos e 62 gols
Bayern de Munique-ALE (2009): 7 jogos e 0 gol
Los Angeles Galaxy-EUA (2009): 29 jogos e 15 gols
Everton-ING (2010): 13 jogos e 2 gols
Los Angeles Galaxy-EUA (2010-2011): 63 jogos e 23 gols
Everton-ING (2012): 9 jogos e 0 gol
Los Angeles Galaxy-EUA (2012-2014): 98 jogos e 35 gols
Estados Unidos (2000-2014): 157 jogos e 57 gols
Total: 623 jogos e 242 gols