sexta-feira, 13 de novembro de 2015

TOP 5 - Meias

Estamos chegando perto do fim, mas a lista dos TOP's fica cada vez mais disputada. Hoje é a vez dos meias e dói o coração deixar tanto gênio de fora, mas só cabem cinco na lista. O domínio brasileiro na posição também é notório e vamos lembrar um pouco dessas feras.

TOP 5 - Goleiros
TOP 5 - Laterais-Direitos
TOP 5 - Zagueiros
TOP 5 - Laterais-Esquerdos
TOP 5 - Volantes

5-Kaká (Brasil)
Poxa, Kaká só em quinto? Mas e o Xavi? Iniesta? Lampard? Laudrup? Figo? Gente, entenderia todos eles em qualquer lista, mas na minha entra o Kaká. O candango começou com tudo, estreou no São Paulo em 2001 e foi vital para o título do Torneio Rio-São Paulo semanas depois, decidindo a final contra o Botafogo, quando ainda se chamava Cacá. No ano seguinte, ao lado de Fábio Simplício, Júlio Baptista e cia, levaria o São Paulo a ter a melhor campanha do Brasileiro, mas acabaram caindo nas quartas-de-final para os Meninos da Vila do Santos. Campeão do Mundo, mesmo sem entrar em campo em 2002, Kaká começou a ser taxado pela torcida como amarelão, os títulos perdidos no fim, inclusive quando não jogava, como na final do Paulistão em 2003, deram o estimo ao meia. Em Julho daquele ano, se juntaria a Seleção Sub-23 que jogaria a Copa Ouro da Concacaf, junto com Diego, Maicon, Júlio Baptista e Robinho, seria vice-artilheiro e vice-campeão perdendo a final na prorrogação para o México. Dias depois, o Milan contrataria a jovem estrela brasileira. Em Milão, uma história de amor com a torcida, campeão de basicamente tudo em seis anos, Kaká saiu em 2009, como melhor do mundo dois anos antes. O Real Madrid contratava ele e Cristiano Ronaldo, os dois últimos melhores do mundo, querendo parar o Barcelona de Guardiola. Em quatro temporadas, Kaká nunca se firmou, viveu entre atuações irregulares e departamento médico, sendo devolvido ao Milan em 2013. Mesmo de volta "a casa", Kaká não foi nem de perto o jogador de sua primeira passagem, apesar de alguns bons jogos, acabou saindo ao fim da temporada. Assinou em Julho de 2014 com o Orlando City por três temporadas, mas como a equipe só iria começar a jogar em Fevereiro de 2015 pela Major League Soccer, Kaká foi emprestado ao São Paulo. No tricolor paulista, Kaká até teve boas atuações, mas com apenas 3 gols e atuações longe do esperado, o jogador não deixou muitas saudades. De vez no Orlando City, em uma liga mais fraca, Kaká voltou a se destacar, já foram 10 gols na temporadas, conquistando a torcida norte-americana. O brasileiro teve seu auge encurtado pelas contusões, mas foi em seus anos de Milan, um meio-campo de fortes arrancadas, chutes potentes e de ótima movimentação.

4-Pavel Nedved (República Checa) 
Garanto que foi fácil escolher os dois primeiros, a partir daqui foi difícil, foi muito por gosto pessoal e deixei vários jogadores imortais e que caberiam muito fácil em qualquer TOP 5 de fora. Quando Nedved começou a carreira, ainda existiu a Checoslováquia e foi pelo Dukla Praga, que já não existia há dezenove anos que ele começou a carreira em 1991. Rapidamente, conquistou seu espaço e destaque, depois de uma temporada, ele já estava na maior equipe do país, o Sparta Praga em 1992. Foram quatro temporadas, conquisto o último campeonato da Checoslováquia dissolvida em 93, e depois ganhou dois títulos checos. Sua primeira participação na Seleção Checa foi em 94, jogou por ela até a Copa de 2006. Disputando uma Copa do Mundo, três Euros e uma Copa das Confederações. Com atuações de gala e comandando a República Checa até a final da Euro de 96, tirando a Itália de Maldini, a Rússia de Karpin, Portugal de Figo e a França de Zidane, Nedved foi contratado pela Lazio na janela de Verão. Foram cinco anos na equipe da capital, conquistou sete títulos, entre eles o Calcio em 2000, a Supercopa e a Recopa Européia em 99. Se transferiu em 2001 para a Juventus e em Turim viveu seu auge. Foi logo de cara bi-campeão italiano e comandou a equipe até a final da Champions League em 2003. Mas o destino foi cruel e por uma falta boba, Nedved foi suspenso, perdeu a final e consequentemente o título e a chance de ser o melhor do mundo naquele ano pela FIFA, mas ganhou pelo menos a Bola de Ouro da France Football. Ficou na Juve até 2009 quando se aposentou com honras, mas sem a grande conquista da carreira. Técnico, com boa recomposição no meio-campo e de inteligência sem igual, Nedved deu azar de ter nascido em um país pequeno.


3-Rivaldo (Brasil)
Revelado pelo Santa Cruz no início dos anos 90, Rivaldo começou a se destacar na Copa São Paulo de 92, tanto que logo após o torneio ficou no estado e foi contratado pelo Mogi Mirim. Ao lado de Válber, foi campeão da Série A-2 do Paulistão fazendo ali um time histórico do futebol paulista, o Carrossel Caipira. Em 1993, foi emprestado ao Corinthians e conseguiu seu destaque, no Brasileiro, jogando como atacante iria para a Bola de Prata e seria pela primeira vez convocado para a Seleção Brasileira, marcando gol logo na estréia contra o México. Ao fim do empréstimo, o rival Palmeiras contratou o pernambucano no meio de 1994. Foram 97 jogos e 78 gols já jogando no meio-campo, sendo campeão brasileiro em 94 e novamente sendo Bola de Prata e campeão paulista em 1996, fazendo parte do ataque dos 100 gols. Após, a desapontante medalha de bronze nos Jogos Olímpicos em 96, Rivaldo foi contratado pelo Deportivo La Coruña da Espanha. A emergente equipe conseguiu comandada pelo brasileiro, ser terceira colocada e a classificação para a Copa da UEFA em 97. O destaque do pernambucano e a saída de Ronaldo para a Internazionale, fizeram Rivaldo se transferiu para o Barcelona naquele ano. Logo de cara, Rivaldo decidiria o título da Supercopa Européia contra o Borussia Dortmund, ainda ganharia duas La Ligas e uma Copa do Rei pelos catalães, individualmente viveria seu auge, ganharia a Copa do Mundo em 2002 e faria parte das Seleções das Copas de 98 e 2002. Seria o melhor do mundo em 99, artilheiro e melhor jogador da Copa América em 99 e artilheiro da Champions de 2000. Depois da Copa de 2002, Rivaldo se transferiu para o Milan. Daí para frente, o jogador nunca mais foi o mesmo, nunca se firmou em Milão, depois de um ano e meio na Itália, voltou para o Brasil para jogar no Cruzeiro em 2004. Passou dois meses na equipe mineira e jogaria apenas 10 jogos, marcando 2 gols. Entre 2004 e 2014, Rivaldo rodou muito, foi por três temporadas ídolos no Olympiacos da Grécia onde foi tri-campeão grego e duas vezes melhor jogador do campeonato. Depois foi pro rival AEK Atenas onde perdeu o título na última rodada. Em 2008, foi para Bunyodkor do Uzbequistão onde foi tri-campeão uzbeque e artilheiro do campeonato em 2009. Em 2011, jogou pelo São Paulo  e em 2012, o Girabola (Campeonato Angolano) pelo Kabuscorp. Voltou para o Brasil em 2013, quando jogou a Série B pelo São Caetano e sem destaque foi pro Mogi Mirim, clube o qual era presidente e se aposentou em 2014. Chegou a jogar algumas partidas pelo Mogi Mirim nesse ano, com ele o clube até ensaiou sair da zona de rebaixamento, mas uma nova aposentadoria selou o destino do clube paulista hoje rebaixado para a Série C. Rivaldo tinha uma ótima técnica, rápido e de perna esquerda mortal, o que o pernambucano fez entre 93 e 2002, foi lindo de se ver.

2-Ronaldinho Gaúcho (Brasil)
"Olha o que ele fez, olha o que ele fez!" - Como não lembrar do êxtase de Galvão Bueno depois do golaço de Ronaldinho Gaúcho contra a Venezuela na Copa América de 1999? Para os fãs mais assíduos de futebol, Ronaldinho já era conhecido pelo título do Mundial Sub-17 em 1997 e pelos dribles desconcertantes no Mundial Sub-20 do mesmo 99. Revelado pelo Grêmio em 98, virou ídolo logo no ano seguinte sendo artilheiro e decidindo o título gaúcho contra o Internacional com um drible desconcertante em cima do capitão do tetra, Dunga. Depois ajudou o Grêmio no título da Copa Sul no mesmo ano, era a afirmação do jovem meia. Foi Bola de Prata em 2000 e seu destaque no tricolor gaúcho chamou a atenção do PSG que em transação bastante polêmica, levou o jogador para Paris e logo de cara viu seu time ser um dos campeões da Copa Intertoto. Após duas temporadas boas, mas cheias de confusão, Ronaldinho se transferiu em 2003 para o Barcelona, graças as atuações da Copa do Mundo onde foi campeão no ano anterior. Cinco temporadas, dois melhores do mundo, uma Champions, dois títulos espanhóis e duas Supercopas Espanholas, Ronaldinho deu anos mágicos na Catalunha, mas sua vida noturna acabou empurrando o ídolo para fora dos Blaugranas e o Milan o contratou em 2008. Lances geniais e irregularidade foi o que marcou o gaúcho em Milão. Em dois anos e meio, Ronaldinho não conquistou títulos, mas ajudou a equipe a sempre se manter pelo menos conquistando as vagas de Champions. Em 2011, decide voltar ao Brasil, o Grêmio anuncia sua volta, prepara a festa, leva caixas de som e tudo, mas o jogador acaba indo para o Flamengo. Em um pouco mais de um ano, Ronaldinho não valeu o dinheiro gasto e apesar de algumas grandes atuações, ficou mais falado pela vida extra-campo do que pela bola jogada. Em 2012, conseguiu a anulação de seu contrato na justiça por falta de pagamentos e assinou com o Atlético-MG, foi lá que Ronaldinho Gaúcho deu seus últimos shows, conquistou o prêmio de melhor jogador das Américas em 2012, a Libertadores em 2013 e o prêmio de melhor jogador da competição, e virou um dos maiores ídolos do Galo Mineiro. Saiu em 2014, depois de não repetir as atuações dos anos anteriores. Depois de fracassar no Querétaro, onde o gaúcho sempre aparecia em polêmicas devido as festas e em lances plásticos, também fracassou no Fluminense-RJ e hoje está sem clube. No auge, era mágico, habilidoso, mortal, dono de lances que pareciam impossíveis, para alguns o futebol mais bonito já visto, para outros pura firula, para mim, genial.


1-Zinedine Zidane (França)
Como humilhar a Seleção Brasileira duas vezes e ainda ser idolatrado por todos os brasileiros? A história começou em 1989 pelo pequeno Cannes, time da cidade do cinema francês sempre lutava por meio, fim de tabela, mas liderados por Zidane, conquistaram o quinto lugar no Campeonato Francês em 1991-1992, conquistando sua melhor campanha na elite e conquistando o direito de participar pela primeira e única vez de um torneio continental, a Copa UEFA da temporada seguinte. Em 92, Zizou foi para o Bordeaux, campeão da Intertoto em 95, as boas atuações que deram o vice-campeonato da Copa da UEFA em 1996, perdendo pro Bayern de Munique na final, levaram o francês até a Juventus depois da Euro de 96. Em cinco temporadas, Zidane foi duas vezes o melhor do mundo, bi-campeão italiano e outros títulos menores, mas faltava algo, mesmo campeão de tudo pela Seleção Francesa com o título mundial em 98 e da Euro em 2000, Zizou perdera duas finais seguidas de Champions em 97 pro Borussia Dortmund e em 98 para o Real Madrid. Seria em 2001, que justamente pelo o Real, Zidane assinaria e iniciaria a 'Era dos Galáticos'. Foram cinco anos pelos merengues, sendo três deles mágicos e dois finais relativamente irregulares. Campeão da Champions, da La Liga, Intercontinental, mais um melhor do mundo e o canto do cisne na Copa de 2006, Zidane foi sem dúvidas um dos melhores de todos os tempos. Um dos deuses do futebol, não era artilheiro e nem tinha uma média grande de assistências, mas comandava um meio-campo como ninguém e era decisivo, marcando três gols em duas finais de Copa do Mundo e decidindo com um gol antológico uma final de Champions League. Classudo, elegante e genial, esse foi Zinedine Yazid Zidane.

Menções honrosas: Djalminha (Brasil), Alex (Brasil), Marcelinho Carioca (Brasil), Zé Roberto (Brasil), Raí (Brasil), Marcelo Gallardo (Argentina), Ariel Ortega (Argentina), Ángel Di María (Argentina), Juan Román Riquelme (Argentina), Michael Laudrup (Dinamarca), Rui Costa (Portugal), Luís Figo (Portugal), Deco (Portugal), Robert Pires (França), Frank Ribery (França), Youri Djorkaeff (França), Clarence Seedorf (Holanda), Wesley Sneijder (Holanda), Michael Ballack (Alemanha), Mesut Özil (Alemanha), Toni Kroos (Alemanha), Frank Lampard (Inglaterra), David Beckham (Inglaterra), Xavi (Espanha), Iniesta (Espanha), Cesc Fábregas (Espanha), Luka Modric (Croácia), Zvonimir Boban (Croácia), Robert Prosinecki (Croácia), Gheorghe Hagi (Romênia), Landon Donovan (Estados Unidos), James Rodríguez (Colômbia), Ryan Giggs (País de Gales), Eden Hazard (Bélgica), Marc Wilmots (Bélgica), Dejan Petkovic (Iugoslávia), Fredrik Ljunberg (Suécia) e Roberto Baggio (Itália).


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