A internet foi criada para espalhar informação, o jornalismo nasceu para investigar o que estava escondido e mostrar as falhas da sociedade, a polícia para nos proteger de nós mesmos, mas hoje em 2015, nenhuma das três parece funcionar da maneira que nasceram.
Os problemas estão conosco a séculos, talvez desde o início do que conhecemos da humanidade, mas nos últimos meses elas ganharam força, viraram o jogo em um mundo que parecia virar o jogo em busca da iluminação que tanto necessitamos. Eles tinham força, mas de algumas semanas para cá tomaram força. Seja com a proibição da pílula do dia seguinte ou a obrigação que a mulher tem de ter o filho do seu estuprador, talvez a que ainda nem passou, mas pode, na qual a Igreja pode opinar sobre os assuntos governamentais, isso só na política brasileira.
O ponto de partida foi a população negar a violência contra a mulher em uma redação do ENEM, o fortalecimento dos discursos de Bolsonaro, Eduardo Cunha e derivados, nessa semana chegamos ao ápice, o rompimento das barragens em Minas Gerais que mataram dezenas e nem investigado está sendo, tratado pela mídia como 'desastre ambiental'. Ontem um ataque terrorista em Beirute que levou 40 pessoas e uma chacina, aparentemente em represália pelo assassinato de um policial militar, mais 11, aparentemente inocentes, sem chance de julgamento ou resposta tiveram suas vidas ceifadas por aqueles que juram nos proteger, no fim, Paris, várias localidades, mais de 100 foram vítimas da intolerância, para uma semana que agora que abraça seu sábado.
Nos tempos de modernidade, ao invés de informação repassamos ignorância, intolerância e ódio. As religiões que buscam o amor e a igualdade nos separam cada vez mais, nossos amigos se afastam em meio de ideias assustadoras, eu apenas observo, preocupado com nosso futuro que só me parece piorar. Que o discurso de Charlie Chaplin, em "O Grande Ditador", de 1940, deixa de ser clássico e se torne atual, precisamos de mais homens, mais mulheres e menos máquinas do sistema.
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