segunda-feira, 9 de novembro de 2015

TOP 5 - Zagueiros

Posição por muitas vezes ingrata, vista normalmente como jogadores sem muita qualidade técnico, os zagueiros são parte vital de qualquer time. Algumas das melhores equipes da história, contavam com defensores geniais, donos de técnicas invejáveis a muito meio-campista  por aí. Continuam a saga dos melhores, hoje temos os cinco melhores zagueiros.

5-Rio Ferdinand (Inglaterra)
Talvez a maior polêmica da minha lista. Fiquei em dúvida, pensei em Sol Campbell, Antônio Carlos, Roberto Ayala, dentre outros, mas fiquei mesmo com Rio Ferdinand. Revelado em 96 pelo West Ham, jogou no fim da temporada 95-96 pelo time principal. Na temporada seguinte foi emprestado para o pequeno Bournemouth na Division Two (Terceira Divisão Inglesa) na época. Com apenas 10 jogos e muito destaque, Rio voltou ao West Ham ainda em Janeiro, onde ficou até a metade da temporada 2000-2001 quando foi para o Leeds United. Uma temporada e meia de muito destaque para uma transferência milionária para o Manchester United em 2003. Foi nos Red Devils onde Ferdinand fez história, viveu seu auge e ganhou títulos. Nas últimas temporadas, sua decadência física e algumas contusões atrapalharam o jogador em campo. Aposentou ao fim da última temporada onde era reserva do Queens Park Rangers, longe de suas grandes atuações. Forte, de muito vigor físico e ótima antecipação, Ferdinand era em campo até discreto, se não fosse pelo estilo vibrante.

4-Lilian Thuram (França)
Hã? Thuram? Mas ele não era lateral-direito? Sim, inclusive na foto acima, ele era lateral-direito e dos bons. Mas para mim, Thuram foi ainda melhor como zagueiro. Revelado como lateral pelo Mônaco em 1990, o jogador originário de Guadalupe se destacou e em 1996, foi contratado pelo Parma. Com a popularização do 3-5-2, ele acabou indo para a zaga e se destacou muito. Na Seleção Francesa se manteve na lateral até as aposentadorias de Laurent Blanc e Frank Leboeuf dos bleus. Em 2001, foi contratado pela Juventus onde viveu seu auge, foram cinco temporadas e títulos importantes como o da Serie A italiana. Depois da Copa de 2006, foi para o Barcelona. Com a forma física já desgastada, Thuram acabou nunca se firmando no Barça e se aposentou em 2008 por problemas cardíacos após a UEFA Euro. Tanto como zagueiro ou lateral, Lilian marcou época, dono de uma força absurda e ótimo nos contra-golpes, Thuram foi um gigante.

3-Fabio Cannavaro (Itália)
Melhor jogador do Mundo em 2006, a escolha sobre Fabio Cannavaro ainda divide opiniões. O fato que não se pode negar é que o jogador que foi revelado pelo Napoli em 1992, foi sim um dos maiores de sua geração e fez história em seu país natal. Contratado pelo Parma em 95, depois de conquistar a torcida napolitana. Na equipe da Parmalat foram sete temporadas e títulos históricos como o da Copa da UEFA em 1999. Vestiu a camisa da Internazionale por duas temporadas, entre 2002 e 2004, quando saiu para a Juventus onde atingiu o seu auge. Em dois anos de Velha Senhora, Fabio foi bi-campeão italiano (títulos revogados pela justiça por manipulação de resultados) e virou ídolo. Já experiente, saiu pro Real Madrid. Apesar do bi-campeonato espanhol, o italiano dividia opiniões e acabou voltando a Juventus em 2008. Depois de uma temporada abaixo do esperado, Cannavaro se transferiu pro Al-Ahli Dubai dos Emirados Árabes onde jogou a última temporada de sua carreira. O defensor era uma pulga, defensor implacável, de uma antecipação monstruosa e que encantou toda uma geração de torcedores.

2-Frank de Boer (Holanda)
A família de Boer sem dúvidas foi importante para o futebol holandês. Frank, o irmão mais famoso foi um grande zagueiro revelado pelo Ajax em 1988. Titular logo de cara, caiu nas graças da torcida e em dois anos já era titular de sua seleção. Ficou por onze anos no Ajax, onde foi campeão da Europa e do mundo. Saiu na metade da temporada 98-99, quando se transferiu para o Barcelona de Louis van Gaal onde ganhou a La Liga logo de cara. Se manteve titular até 2003, mas a escassez de títulos fizeram os holandeses serem praticamente chutados da Catalunha. Frank foi parar no Galatasaray da Turquia, foram muitos jogos e apenas seis meses, quando se juntou ao irmão Ronald no Rangers da Escócia onde ficou o resto da temporada 2003-2004. Nos dois anos seguintes, rodou por Al-Rayyan e Al-Shamal do Qatar até se aposentar em 2006. Frank de Boer era outro zagueiro seguro e de ótima impulsão. Dono de uma grande visão de jogo, imortalizada pela assistência para Dennis Bergkamp nas quartas-de-final da Copa de 98 contra a Argentina, foi um dos principais zagueiros de seu país.

1-Alessandro Nesta (Itália)
Campeão do Mundo pela Itália em 2006, a carreira de Nesta começou treze anos antes em 1993, pela Lazio. Na equipe da capital, foram nove temporadas e diversos títulos, os mais importantes sendo a Serie A em 2000 e a Recopa Européia em 99. Em 2002, o zagueiro chegou aonde viveu seu auge definitivo. Foi durante sua uma década de Milan, que Nesta ganhou o mundo por clubes e seleção, virou ídolo total em seu país, mas foi por lá também, especialmente após o Mundial de 2006, que o defensor começou a ter uma série de contusões que reduzia bastante sua carga de partidas. Em 2012, depois de dez anos na equipe milanesa, Nesta foi jogar a MLS pelo Montreal Impact. Muitas contusões, pouco destaque e um título canadense depois fizeram o italiano se aposentar no fim do ano seguinte. Porém, no fim de 2014, o zagueiro voltou atrás e assinou com os indianos do Chennaiyin, treinados pelo ex-companheiro de Azzurra, Marco Materazzi. Durante seus bons anos, Nesta foi um zagueiro firme e seguro, manteve uma regularidade até quando convivia com lesões, mas quem o viu até 2006, viu sem dúvidas um dos melhores zagueiros da história.

Menções honrosas: Antônio Carlos (Brasil), Aldair (Brasil), Lúcio (Brasil), Juan (Brasil), Roberto Ayala (Argentina), Sol Campbell (Inglaterra), Paolo Maldini (Itália), Carlos Gamarra (Paraguai), Laurent Blanc (França), Marcel Desailly (França), Fernando Hierro (Espanha), Sergio Ramos (Espanha), John Terry (Inglaterra), Nemanja Vidic (Sérvia), Sinisa Mihajlovic (Iugoslávia) e Ricardo Carvalho (Portugal).

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