Ponta perigoso, veloz e de físico invejável, Brian foi um dos mais importantes jogadores da história de seu país. Para alguns é mais importante para a Seleção do que o próprio irmão, que é um dos maiores meias de todos os tempos.
Pela 'Dinamáquina', Brian jogou apenas uma Copa do Mundo e nela chegou a Seleção do torneio marcando dois gols em cinco jogos, comandando a fácil vitória sobre a Nigéria nas oitavas-de-final da Copa de 1998. Anteriormente, Laudrup havia sido campeão da Copa das Confederações em 1995 marcando um gol nas três partidas, mas foi na Euro de 1992 em que ele viveu seu melhor momento na carreira.
A Seleção da Iugoslávia foi excluída faltando apenas 11 dias para o início do torneio, dando por convite a vaga para a Dinamarca que viria desfalcada justamente de Michael Laudrup, na época titular absoluto e ídolo do Barcelona. Jogando de pivô e sem marcar gols, Brian comandou a desacreditada seleção ao título inédito ao lado de Larsen e Schmeichel.
Laudrup jogava no ataque pela direita, com Henrik Larsen na época meia do Lyngby-DIN vindo atrás como falso 9 e Flemming Plovsen, atacante do Borussia Dortmund-ALE ao lado de Brian. John Jensen e Kim Vilfort que faziam dupla no Brondby-DIN cobriam as avançadas dos alas John Sivebaek que jogava no Mônaco-FRA e Kim Christofte do Colônia-ALE.
Quatro anos depois, na Euro de 96, os dinamarqueses caíram na fase grupos, mas Brian se destacou marcando três gols em três jogos, sendo o jogador com a melhor média de gols do torneio.
Laudrup foi revelado pelo Brondby de seu país. Jogando por lá foi bi-campeão nacional, que o levou até a Bundesliga Alemã. Em 1989, foi contratado pelo modesto Uerdingen sendo o principal jogador da equipe, os salvando do rebaixamento da Bundesliga ao fim da sua temporada de estreia.
O destaque lhe renderia o primeiro dos quatro prêmios de Melhor Jogador Dinamarquês do Ano e uma contratação pelo Bayern de Munique. Foram duas boas temporadas e um titulo de Supercopa Alemão na principal equipe bávara. Suas boas atuações o levaram a principal liga da época e em 1992, Laudrup chegava até a Fiorentina e ao Calcio. Mesmo com um setor ofensivo invejável formado por Effenberg-Laudrup-Baiano-
Batistuta, a defesa não dava a mesma confiança, rebaixando a equipe. Mesmo assim, Laudrup chamou atenção e foi contratado ao Milan por empréstimo. Nos rossoneros, o dinamarquês foi campeão italiano e da UEFA Champions League, mas sem muitas chances, a Fiorentina acabou vendendo, Brian ao Rangers da Escócia. Tri-campeão nacional, campeão da Copa, da Copa da Liga e duas vezes eleito melhor jogador do campeonato escocês, foi no Gers onde viveu seu melhor momento.
No fim da carreira teve passagens apagadas por Chelsea e Copenhagen, se despedindo com estilo no Ajax na temporada 1999-2000, jogando quase como um centroavante foram 15 gols em 38 jogos, sendo destaque de um Ajax que vinha mal nas últimas temporadas.
Brian realmente nunca foi tão bom quanto o irmão Michael, mas é injusto dizer que só fez sucesso pelo sobrenome, foi um ótimo e útil jogador, de estilo moderno e que caberia em vários esquadrões do mundo atual por sua pluralidade tática.
Títulos: Campeonato Dinamarquês: 1987 e 1988 (Brondby)
Supercopa Alemão: 1990 (Bayern de Munique)
Campeonato Italiano: 1993-1994 (Milan)
Liga dos Campeões da UEFA: 1993-1994 (Milan)
Campeonato Escocês: 1994-1995, 1995-1996 e 1996-1997 (Rangers)
Copa da Escocia: 1995-1996 (Rangers)
Copa da Liga Escocesa: 1996-1997 (Rangers)
Supercopa da UEFA: 1998 (Chelsea)
UEFA Euro: 1992 (Dinamarca)
Copa das Confederações: 1995 (Dinamarca)
Melhor Jogador Dinamarquês: 1989, 1992, 1995 1997
Seleção da UEFA Euro de 1992
Melhor Jogador da Copa das Confederações: 1995
Jogador do Ano - Escócia: 1994-1995 e 1996-1997
Jogador da Associação dos Atletas do Ano - Escócia: 1994-1995
Seleção da Copa do Mundo de 1998
FIFA 100
Hall da Fama da Seleção da Dinamarca
Hall da Fama do futebol escocês
Brondby-DIN (1986-1989): 52 jogos e 13 gols
Uerdingen-ALE (1989-1990): 34 jogos e 6 gols
Bayern de Munique-ALE (1990-1992): 63 jogos e 17 gols
Fiorentina-ITA (1992-1993): 35 jogos e 6 gols
Milan-ITA (1993-1994): 18 jogos e 2 gols
Rangers-ESC (1994-1998): 151 jogos e 44 gols
Chelsea-ING (1998): 11 jogos e 1 gol
Copenhagen-DIN (1999): 12 jogos e 2 gols
Ajax-HOL (1999-2000): 38 jogos e 15 gols
Dinamarca (1987-1998): 82 jogos e 21 gols
Total: 496 jogos e 127 gols
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