sábado, 13 de fevereiro de 2016

TOP 5 Brasil - Volantes

Membros importantes das equipes brasileiras, muitos são julgados de cabeças de bagre, ruins de bola ou adjetivos pejorativos dados pelos torcedores. Mas no Brasil, volante é sinônimo de raça, de liderança, muitos deles são os capitães de suas times e até da Seleção, são a liderança de qualquer meio-campo.

5-Mauro Silva
Fiquei até o último momento em dúvida entre Mauro Silva e Flávio Conceição. Dois volantaços, mas Maurão foi campeão do mundo e na hora fez diferença. Revelado pelo Guarani em 1988, só jogou uma partida naquele ano até chegar ao Bragantino em 1990. Titular do título paulista daquele ano, foi Bola de Prata e Bola de Ouro de 1991, quando foi vice-campeão Brasileiro pelo time de Bragança Paulista e voltou a ser Bola de Prata em 1992 quando levou seu time ao quarto lugar do Brasileirão daquele ano. Chegou com moral no emergente Deportivo La Coruña da Espanha no meio de 92. Entre 1992 e 2005, foi titular absoluto e ídolo da equipe, ganhando seis títulos, sendo duas Copas do Rei, uma La Liga e três Supercopas Espanholas, jogando 369 partidas pelos brancoazuis, marcando apenas um único gol pelo time espanhol e durante a carreira. Pela Seleção jogou 59 vezes entre 1991 e 2001, ganhando a Copa do Mundo de 1994 e a Copa América de 1997. Cão de guarda, marcador nato, era o dono do meio-campo em frente a defesa, um símbolo dos tempos áureos do La Coruña.

4-Dunga
O imortal capitão do tetra, Dunga começou a carreira pelo Internacional em 1983 onde foi campeão gaúcho e ficou até o meio do outro ano quando foi para o Corinthians. No Timão, ficou até o fim de 85, sempre titular, Dunga foi pro rival Santos em 1986 e de lá por Vasco em 1987. Foi no clube carioca que o gaúcho começou a se destacar, campeão carioca, foi também convocado pela Seleção Brasileira pela primeira vez naquele ano e de lá não saiu mais. No meio daquele ano depois de atuações destacadas nos jogos do Brasil, foi para o Pisa da Itália. Em sua primeira temporada, boas atuações ajudando seu clube a se salvar do rebaixamento. Foi para a Fiorentina e em quatro temporadas, atuou com muito destaque, especialmente no vice-campeonato da Copa da UEFA em 1990, atuando junto com Roberto Baggio. Sua pior fase viria assim que sairia da equipe de Florença. Em 1992, foi para o Pescara em uma temporada, acabou rebaixado com péssimas atuações e péssima campanha da equipe que marcou apenas 17 pontos em 34 rodadas, saindo ao fim da temporada para o Stuttgart da Alemanha. No futebol germânico, boas atuações, mas sua equipe era apenas mediana e ficava no meio da tabela e alguns acreditavam que era a decadência do capita que em 1995 foi para o Jubilo Iwata do Japão. Na J-League, Dunga se reencontrou indo para a Seleção do Campeonato de 97 e 98, inclusive sendo campeão e melhor jogador do torneio em 1997. Voltou pro Inter em 1999 e fazendo o gol que salvou o colorado do rebaixamento no fim daquele ano, se aposentando no início de 2000. Primeiro homem de meio-campo, ou segundo, Dunga dava passes precisos e marcava em cima, um volante completo.

3-César Sampaio
Revelado em 1986 pelo Santos, o volante foi o grande destaque do Peixe em época de vacas magras. Em 1990, foi inclusive Bola de Ouro do Brasileirão, que fez no ano seguinte ser contratado pelo Palmeiras na época patrocinado pela poderosa Parmalat. Ficaria surpreendentemente fora da lista de Parreira em 1994, mesmo sendo o atual Bola de Ouro do Brasileiro (em 1993), foi no Verdão, bi-campeão paulista e Brasileiro, além de ser campeão do Rio-São Paulo. Em 1995, foi pro Japão, jogar no Yokohama Flügles e conquistou a Supercopa Asiática e a Copa do Imperador. Mesmo em um futebol distante, se manteve convocado por Zagallo e fez dupla de volantes com Dunga na Copa de 98, marcando três gols durante a Copa, um contra o Marrocos na Primeira Fase e dois contra o Chile nas Oitavas-de-final. Em 1999, o Palmeiras o trouxe de volta ao país. Com Rogério, Alex e Zinho formou o imortal meio-campo campeão da Libertadores, sendo no ano seguinte campeão também do Rio-São Paulo mais uma vez. Saiu no meio do ano de 2000 para o Deportivo La Coruña campeão espanhol, leves lesões e um meio-campo formado com Mauro Silva, Jokanovic e Donato firmados no time titular, César só ficou uma temporada quando voltou pro Corinthians em passagem sem sucesso em 2001. Voltou em 2002 pro Japão, jogou no Kashima Reysol e jogou depois dois anos no Sanfrecce Hiroshima.Voltou pro Brasil no meio de 2004, quando encerrou a carreira pelo São Paulo. Volante de boa recomposição, bom passe, sempre chegava bem na frente e ótima marcação, César Sampaio foi um dos melhores na sua posição nos anos 90.

2-Gilberto Silva
Com a contusão do capitão e titular Emerson na Copa do Mundo de 2002, o jovem Gilberto Silva assumiu a primeira volância da Seleção e fez história. Sua carreira teve início em Junho de 1997, convencido por amigos a jogar futebol, assinou seu primeiro contrato com o América Mineiro. Durante o segundo semestre, foi o reserva do experiente Pintado no título do Campeonato Brasileiro - Série B daquele ano. Gilberto ficou até 1999 no Coelho, saindo pro rival Atlético-MG no início de 2000. No Galo, conquistou de cara o título mineiro daquele ano, seu destaque o levou a Seleção campeã do mundo em 2002 e após a Copa, foi a vez de ir pro Arsenal de Arsene Wenger, Vieira, Bergkamp e Henry. Foram seis anos na Inglaterra, estreando com o gol do título da Supercopa Inglesa contra o Liverpool. Ganharia outra Supercopa Inglesa dois anos depois marcando gol contra o Manchester United, duas Copas da Inglaterra e uma Premier League de forma invicta, viria a ser o cobrador oficial de pênaltis e até o capitão, tamanho respeito que tinha em Londres. Em 2008, foi para o Panathinaikos da Grécia. Foram três temporadas no futebol grego, sendo campeão da Copa Grega e da Superliga. Em 2011, chegou ao Grêmio. No tricolor gaúcho teve até boa passagem, mas uma contusão o tirou de campo até o início de 2012, quando Caio Jr. o lançou ao time. Saiu em 2013, de volta pro Atlético Mineiro foi novamente campeão mineiro e campeão da Libertadores. Na reserva durante todo o ano, não teve o contrato renovado ao fim do ano e se aposentou.

1-Emerson
Que tal começar com um volante de contenção que já foi meia criador? Emerson começou em 1994 pelo Grêmio, era reserva até mais ou menos o começo de 1996, no esquema de Felipão, se revezava como segundo volante ou meia direita, cobrindo os espaços do lento, mas talentoso Carlos Miguel. Em três anos, foi campeão de sete títulos, como Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores. Saiu no meio de 1997, foi para o Leverkusen da Alemanha. Seu destaque o levou a Copa de 1998, convocado no lugar do baixinho Romário cortado por contusão. Saiu em 2000, para a Roma da Itália, depois de ser duas vezes vice-campeão da Bundesliga. Demorou para estrear por problemas no visto, mas logo conquistou a titularidade e terminou a primeira temporada como titular e campeão da Serie A italiana. Saiu a peso de ouro em 2004, para a Juventus onde viveu seu auge como volante. Na primeira temporada, viveu no famoso 3-5-2 de Capello, formando meio-campo com Camoranesi, Nedved e cia. Na temporada seguinte deu show, ao lado do francês Patrick Vieira, formou uma das melhores duplas de volantes da história do Calcio. Com o explodir do Calciocaos, foi para o Real Madrid em 2006. No Real Madrid, Emerson começou a ter problemas com Capello, alternou boas e más atuações, foi titular quase toda temporada, terminando o ano inclusive bem, mas foi negociado pelo presidente Ramón Calderón por 'razões técnicas'. Jogaria no Milan as duas temporadas seguintes, mas seu declínio físico era evidente e em 2009 assinou com o Santos. Em poucos meses, foram poucas partidas e uma séria contusão no joelho que o fez encerrar a carreira em Outubro daquele ano. Na Seleção sempre foi o responsável pelo jogo sujo, assim por se dizer, mas em clubes era mais técnico, dono do meio-campo e líder de suas equipes, respeitado por onde passou, Emerson deixa saudade.

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