quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

TOP 5 Brasil - Laterais-Esquerdos

Muitos laterais que começaram nos anos 90, acabaram não vingando, outros viraram meias, nomes como Athirson e Felipe que pareciam virar lendas não foram tudo que se esperava. Mas a posição era tão boa que nomes de muita qualidade ainda apareceram, alguns se firmaram na Seleção, outros foram esquecidos, mas tiveram carreiras muito sólidas.

5-Sylvinho
Quando começou a carreira em 1994, o lateral ainda era chamado de Silvinho. Titular do Corinthians nos primeiros anos de carreira, foi titular do título da Copa do Brasil em 95, do Brasileiro de 98 e de três Campeonatos Paulista, o último em 99, quando o Arsenal da Inglaterra o contratou. Foi o primeiro brasileiro a vestir a camisa dos Gunners e estreou sendo campeão da Charity Shield (Supercopa Inglesa), jogando como titular pela meia-esquerda, agora Sylvinho teve boa atuação. Foram duas temporadas em Highbury, sendo inclusive selecionado para a Seleção da Premier League na temporada 2000-2001, mas com a evolução e amadurecimento do jovem Ashley Cole, o brasileiro foi transferido para o Celta de Vigo em 2001. As duas primeiras temporadas foram de sonho para a pequena equipe espanhola, levando a modesta equipe à Copa da UEFA e na temporada final até às Oitavas-de-final da Champions, onde caiu para o Arsenal. Com o rebaixamento na temporada 2003-2004, Sylvinho foi contratado nada menos, nada mais do que pelo Barcelona. Na Catalunha, não foi titular, existia uma espécie de revezamento com o holandês Giovanni van Bronckhorst nos primeiros anos do brasileiro por lá, apesar do jogador holandês normalmente ser escolhido para jogar os jogos mais importantes. Com a chegada de Eric Abidal, Sylvinho perdeu espaço, mas ficou no clube até 2009, sendo campeão de três La Ligas, duas Supercopas Espanholas, uma Copa do Rei, duas Copas da Catalunha e duas Champions League. Sua última temporada na carreira foi a 2009-2010 pelo Manchester City, como reserva de Wayne Bridge. Jogou 12 jogos e marcou 1 gol no clube inglês, encerrando sua carreira ao fim do contrato em 2010.

4-Kléber
Revelado em 1998, pelo Corinthians, foi em sua primeira temporada reserva de Sylvinho, mas com o destaque na Copa São Paulo de Futebol Júnior no ano seguinte virou titular absoluto da equipe. Ficou no Timão até 2003, conquistando dois títulos Brasileiros, um Mundial de Clubes, três títulos paulistas, um Rio-São Paulo e uma Copa do Brasil. Saiu para o Hannover 96, mas com atuações irregulares foi pro Basel da Suíça em 2004. Com boas atuações, foi campeão suíço ao fim da temporada e se transferiu de volta para o Brasil, agora ele dava a bola no Santos. Ficou no alvinegro até 2008, sendo bi-campeão paulista, duas vezes Bola de Prata e ganhou o prêmio de melhor lateral-esquerdo do Craque do Brasileirão em 2007. Se firmou como um dos laterais de Dunga, indo para a Copa América de 2007 e para a Copa das Confederações em 2009. Com a chegada do ídolo Léo ao Santos, Kléber é vendido ao grupo Sondas em 2009 e vai para o Internacional. No colorado gaúcho virou ídolo, entre 2009 e 2013, conquistou sete títulos, como a Libertadores, quatro gaúchos, uma Recopa e uma Copa Suruga Bank, foi mais uma vez Bola de Prata em 2009 e se tornou um dos principais laterais da história do Inter. Em Maio de 2014, assinou com o Figueirense, mas depois de cinco fracas partidas, rescindiu o contrato e confirmou a aposentadoria com apenas 34 anos.

3-Marcelo
Marcelo começou a carreira em 2005, com apenas 17 anos pelo Fluminense. No ano seguinte foi eleito o melhor lateral-esquerdo do Brasileirão e com o destaque chegou a Seleção Brasileira e ganhando a titularidade no início da primeira Era Dunga. Em Janeiro de 2007, chegou ao Real Madrid e de lá nunca mais saiu. Atualmente titular, chegou a ter fases ruins, quando foi inclusive reserva do português Fábio Coentrão, mas foi ficando, ganhando confiança e inclusive sendo muito importante na final do título da Champions League, marcando um dos gols do jogo. Na Seleção jogou a última Copa, sem muito destaque e marcando o primeiro gol contra do Brasil em Copas do Mundo. Apesar disso, Marcelo ainda tem 27 anos e tem tempo de dar a volta por cima, jovem e hoje é um dos principais jogadores da posição no planeta.

2-Serginho
Revelado pelo pequeno Itaperuna do Rio de Janeiro em 1992, Serginho começou se destacando desde cedo. Ajudou seu clube a se manter na elite carioca em 1993. Foi no segundo semestre jogar no Torneio Qualificatório Para a Série B com o Americano de Campos, suas boas atuações o levaram ao Bahia em 1994. No tricolor baiano foi campeão estadual e seis meses depois chegava ao Flamengo. Entre 94 e 96, rodou por Flamengo e Cruzeiro, fazendo alguns bons jogos, mas foi no São Paulo que começou a ganhar destaque. Entre 96 e 99, dominou a lateral-esquerda tricolor, chegando à Seleção em 98. Fez parte do elenco campeão da Copa América em 99 como reserva de Roberto Carlos, e depois foi titular da Copa das Confederações onde o Brasil foi vice-campeão. Ao fim das competições foi contratado pelo Milan, onde jogou até 2008, sem nunca mais ter vestido à Amarelinha. Na equipe rossonera, nunca foi exatamente titular, uma espécie de décimo segundo jogador, ocupou todas as posições do lado esquerdo, sendo lateral, meia ou até ponta, Serginho virou ídolo da torcida pela raça, velocidade e boas jogadas pela lateral. Foram 24 gols em 281 jogos, ganhando sete títulos, sendo até hoje funcionário do clube.

1-Roberto Carlos
Assim como muitos craques do futebol nacional, Roberto Carlos começou a carreira em um time modesto. Foi pelo União São João de Araras em 1990, ficou por lá até ser emprestado ao Atlético-MG no fim de 1992, suas boas atuações pela equipe do interior paulista inclusive o levaram a Seleção Sub-20 e até a profissional. Mesmo jogando por um time de Segunda Divisão, o lateral foi convocado por conta de suas ótimas atuações. Com o destaque, Roberto foi para o Palmeiras em 1993, onde foi bi-campeão brasileiro e paulista, se transferindo para a Internazionale de Milão em 1995. A temporada para sua equipe foi ruim, mas o lateral foi um dos poucos que conseguiram ir bem e se transferiu para o poderoso Real Madrid no ano seguinte. Foram onze anos no Santiago Bernabeu, três Champions League, quatro títulos espanhóis, em Madrid foi eleito o segundo melhor do mundo em 97, duas vezes o defensor da Europa, eleito o melhor lateral da história do clube, o quarto maior jogador do gigante time, 11º jogador com mais jogos e o estrangeiro que mais entrou em campo pelo Real. Ídolo, saiu em 2007 para o Fenerbahçe da Turquia. Em dois anos e meio, conquistou torcedores e virou ídolo. Em 2010, foi para o Corinthians. Em um pouco mais de um ano no Parque São Jorge, se destacou muito dentro de campo, mas seus problemas extra-campo, acabaram minando sua passagem junto a torcida. Acabou em Fevereiro de 2012 indo para o Anzhi da Rússia, onde se aposentou no fim do outro ano. Veloz, forte, potente, dono da perna esquerda mais mortal dos últimos anos, Roberto Carlos definitivamente não teve culpa na derrota para a França em 2006, mas teve culpa em ser um dos melhores, mais completos e importantes laterais da história.

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