domingo, 20 de dezembro de 2015

Boleiro Nostalgia: Marcelo Salas

Salas comemorando gol pelo Chile
Era véspera de Natal de 1974 na cidade de Temuco no Chile. Poucos sabiam no momento, mas naquele 24 de Dezembro, uma das maiores lendas do futebol daquele país nascia. José Marcelo Salas Melinao, que seria conhecido por toda vida como Marcelo Salas, começou a carreira quase vinte anos mais tarde, em 1993, com 19 anos pelo Universidad de Chile. Com menos de um ano como profissional, logo estreou pela Seleção Chilena, foi em Santiago em um 3x3 contra a Argentina de Maradona, Batistuta e cia que ele marcou seu primeiro jogo e gol por sua seleção, ali o mito dava seus primeiros passos.

Ficaria até o meio de 1996 pelo Universidad, sendo bi-campeão nacional. Chegou ao River Plate como uma grande promessa e não fez feio, logo na primeira temporada comandou o time argentino ao título da Supercopa em cima do São Paulo, sendo o vice-artilheiro e marcando os dois gols na final no Monumental de Nuñez. 1997, foi o seu ano, conquistou naquele ano o Apertura e o Clausura do Argentino, sendo eleito o melhor jogador do ano na Argentina, sendo apenas um dos cinco a ganharem na história, e o prêmio de melhor jogador Sul-Americano do ano. Ao lado de Iván Zamorano, fez um atacante mortal nas Eliminatórias, sendo o vice-artilheiro com 11 gols em 12 jogos, atrás apenas do companheiro de ataque e levando a sua Seleção de volta a Copa do Mundo depois de três edições fora.

Na Copa do Mundo, Salas marcou 4 gols em 4 jogos e foi Bola de Bronze do torneio, tamanho destaque o levou até a Lazio da Itália. Formou ataque ao lado de estrelas do futebol mundial como Christian Vieri, Cláudio López, Roberto Mancini, ganhando seis títulos em três temporadas, mas foi também na Lazio que vieram as primeiras contusões. Foi contratado pela Juventus em 2001 e por lá as contusões foram um problema para Salas, em duas temporadas pouco jogou, mas conseguiu ser campeão da Serie A italiana e da Supercopa da Itália. Com três anos de contrato, foi em seu ano final de contrato emprestado ao River Plate onde fez história. Apesar dos problemas físicos, foi contratado em definitivo ao fim do seu primeiro ano. Na segunda passagem, foi sempre reserva de jovens atacantes, era uma espécie de amuleto e mesmo assim mantinha uma bela média de gols. Em 2005, voltou para o clube que o revelou, o Universidad de Chile. Foram quatro temporadas, muitos gols e nenhum títulos, mas o suficiente para colocar de vez o atacante no coração de sua equipe formadora.

Títulos:
Campeonato Chileno: 1994 e 1995 (Universidad de Chile)
Campeonato Argentino - Apertura: 1997 (River Plate)
Campeonato Argentino - Clausura: 1997 e 2004 (River Plate)
Supercopa Sul-Americana: 1997 (River Plate)
Supercopa Italiana: 1998, 2000 (Lazio) e 2002 (Juventus)
Copa Itália: 1998-1999 (Lazio)
Recopa Européia: 1998-1999 (Lazio)
Supercopa Européia: 1999 (Lazio)
Campeonato Italiano: 1999-2000 (Lazio) e 2002-2003 (Juventus)
Chuteira de Bronze da Copa do Mundo de 1998

Universidad de Chile-CHI (1993-1996): 126 jogos e 76 gols
River Plate-ARG (1996-1998): 67 jogos e 31 gols
Lazio-ITA (1998-2001): 117 jogos e 48 gols
Juventus-ITA (2001-2003): 26 jogos e 4 gols
River Plate-ARG (2003-2005): 43 jogos e 17 gols
Universidad de Chile-CHI (2005-2009): 82 jogos e 37 gols
Chile (1994-2007): 70 jogos e 37 gols
Total: 532 jogos e 250 gols


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