Acho essa foto fantástica, acho que até meus 10 anos, esses equipamentos eram parte do dia-a-dia das pessoas. Tive muitos desses, outros não por ser um luxo para a época e é por isso que me impressiona.
Não sou nenhum velho, fiz em Julho agora 26 anos. Em menos de duas décadas, apenas dois desses equipamentos podem ser encontrados tranquilamente hoje em dia, o CD que a cada ano vem perdendo espaço, apesar de ser bravo sobrevivente e a calculadora, que também vem perdendo espaço para sua função nos celulares.
Vejo essa foto e gosto de ver aos que são contra mudança. Seja no futebol onde ainda acreditam que o Brasil é que tem que ensinar os outros e não temos nada de aprender, onde chamam os clubes nordestinos de fracos, quando na verdade oito das nove federações estaduais votaram para manter o estatuto da CBF e quem assumiria a vice-presidência seria o Presidente da Federação Catarinense Delfim Pádua Peixoto Filho, mas foram vencidos pelo resto das federações que viu uma brecha para votar paraense Coronel Antônio Carlos Nunes, que com dias na função já foi acusado de fraude no Pará (notícia).
A mudança vem não só no futebol, as escolas tem um sistema bem mais parecido com uma cadeia do que um ambiente para aprendizado e aprimoramento de conhecimento. No jornalismo onde as perguntas manjadas, as matérias engraçadas e falta de objetividade deixam tudo na base do marasmo e desinformação. Ontem deixei o goleiro do Fortaleza Ricardo Berna em uma saia justa ao pedir para comentar sobre o "Ocupa CBF", do lado de fora conversamos, ele expôs sua lado e opinião, o qual vou guardar porque é pessoal dele, mas a sua resposta na coletiva foi clara sobre como anda o esporte por aqui, onde ele preferiu não opinar com medo de prejudicar seu clube.
Como ele mesmo disse, se terá de haver mudança tem que partir do Nordeste. A Copa do Nordeste em quesito organização vem dando exemplo, a Copa Verde que vinha com uma boa ideia se estragou em 2016 em busca da audiência. A Liga Rio-Sul-Minas já nasce fadada ao fracasso, não premia pela qualidade e pelo tamanho, repete o mesmo erro que ajudou a afundar o futebol nacional quando nasceu o Clube dos 13. O clube reclama da falta de dinheiro, fala da desorganização, mas votam sempre no mesmo candidato para a Federação, que vota sempre na mesma opção da CBF, que mantém o mesmo parâmetro na FIFA, é um círculo vicioso que não tem mais espaço no mundo globalizado e se não mudar, quem perderá é o futebol.
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